Com cerca de 400 trabalhadores, acontece agora em frente à Câmara de Taubaté, SP, uma assembleia contra as demissões da Ford na cidade e no Brasil.
Reunidos desde às 8 horas dessa quarta, 13, os trabalhadores carregam faixas e cartazes denunciando o enorme impacto das demissões, que afetará não só os contratados da montadora norte-americana, mas também os terceirizados de empresas prestadoras de serviços para a Ford.
Uma assembleia com cerca de 500 trabalhadores já tinha ocorrido no dia em que foi anunciado o fechamento das fábricas de Taubaté, Camaçari-BA e Horizonte-CE, as últimas do país após o fechamento da planta de São Bernardo do Campo-SP em 2019. Como decisão dessa assembleia, há desde então uma vigília em frente à fábrica por tempo indeterminado.
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Estão previstas uma reunião entre as centrais sindicais na tarde de hoje e uma audiência virtual na Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima semana, com data a definir.
Segundo informações do sindicato, o impacto do encerramento das atividades em Taubaté resultará na demissão de cerca de 830 trabalhadores da Ford e 600 trabalhadores terceirizados.
Ao mesmo tempo que a Ford teve um aumento de seu lucro em seis vezes em plena pandemia, os trabalhadores estão sob iminente ameaça de perder sua única fonte de renda.
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