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Pablito: "As reformas de Bolsonaro e dos golpistas abriram espaço para as demissões"
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

Declaração de Marcello Pablito sobre como as reformas pavimentaram o caminho para as demissões como da Ford e do Banco do Brasil.

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Em meio a uma crise histórica que vivemos no mundo todo desde 2008, houveram inúmeras medidas tomadas pelos capitalistas para continuarem garantindo seus lucros enquanto os trabalhadores são condicionados a uma vida de maior precarização e exploração. O Golpe Institucional que derrubou o governo de Dilma Rouseff em 2016 e colocou o governo Temer, teve o intuito de acelerar ataques como as reformas e as privatizações que estão a interesse dos capitalistas para seguirem lucrando.

A mídia e agentes da burguesia sempre defenderam as reformas como a trabalhista aprovada no governo Temer e a da Previdência aprovada no governo Bolsonaro, com discursos demagógicos de que são medidas progressivas e que dão mais liberdade econômica e etc. Mas tudo isso não passa de falácias para tentar encobrir o fato de que são ataques históricos aos direitos dos trabalhadores que foram conquistados através de muita luta. Ataques que irão fazer com que trabalhemos até morrer enquanto meia dúzia de bilionários dormem em cima de suas crescentes fortunas.

As MPs da morte de Bolsonaro também vieram nesse mesmo sentido. Elas foram implantadas no momento mais profundo da crise com a pandemia do coronavírus. Implantando medidas absurdas que permite que os patrões diminuam ou deixem de pagar direitos e inclusive o próprio salário dos trabalhadores. Medidas devastadoras que foram impostas no meio da crise sanitária que já deixou mais de 200 mil mortos no Brasil, além de deixar milhares de pessoas no desemprego e na fome.

Bolsonaro, que sempre defendeu que “é difícil ser patrão no Brasil”, não poupou as oportunidades para dar todas as regalias aos grandes empresários e estando à serviço de seus interesses. Assim como todas as alas desse regime golpista que sempre estão do lado do patrão e ajudaram a pavimentar todas as reformas. Com esse nível brutal de ataques que já passaram, grandes empresas se sentem à vontade para demitir de uma hora para outras milhares de trabalhadores. É o que aconteceu agora com o anúncio da Ford que irá fechar todas suas fábricas do Brasil, demitindo milhares de trabalhadores.

O Banco do Brasil, onde mais da metade de suas ações são da iniciativa privada, também mostrou estar bem à vontade para colocar como uma meta para 2021 demitir mais de 5 mil trabalhadores. É totalmente absurdo isso. Empresas que chegam a bater recordes de lucro demitem trabalhadores culpabilizando a crise enquanto suas fortunas seguem intactas.

Cada vez mais se mostra necessário que os trabalhadores tenham que se organizar e se unificar para barrar as demissões, as reformas e todos ataques aprovados por Bolsonaro e toda a corja parasita golpista. é mais urgente do que nunca, que as centrais sindicais organizem um plano de luta com assembleias, reuniões e espaços que garantam que os trabalhadores possam se organizar e decidir como enfrentarão esse ataque. Não é possível confiar em acordo e negociações com a Justiça, o Congresso, governadores ou qualquer setor desse regime apodrecido.

É preciso que a CUT a CTB, que dirigem os principais sindicatos do país e são dirigidos pelo PT e PCdoB, organizem um plano de luta sério, e não façam novos acordos como ocorreu em 2019 também com a Ford que só serviu para garantir as demissões. A força dos sindicatos tem que servir para cercar esses trabalhadores de solidariedade e fortalecer a sua organização para enfrentar esses ataques.

 
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