Foto: Karin Salomão/Site Exame
Empresa Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, aprovou um plano de demissões voluntarias que faz parte do plano de reestruturação da empresa, visando mantê-la "competitiva" frente a crise pandêmica do novo coronavírus.
Em nota, no dia 30 de setembro, com o intuito de "melhorar sua eficiência operacional e se manter competitiva", comunicou ao seus funcionários o plano de reestruturação que custará seus empregos.
A empresa comunicou, ainda em nota, que seus funcionários estavam cientes sobre o plano de demissões em julho de 2020, além do plano de adesão que ocorreu do dia 3 ao dia 7 de agosto.
No inicio da pandemia a empresa havia reduzido em 25% da jornada de trabalho e de salários de seus funcionário através das medidas provisórias do governo Bolsonaro. De janeiro a setembro desse ano, a Whirlpool teve vendas líquidas de R$6,2 bilhões, 16,6% maior que 2019, totalizando um lucro líquido de R$443 milhões. Muitas empresas estão fazendo o mesmo, usam do argumento da pandemia e dos mecanismos das reformas e MPs emergenciais para se aproveitar e atacar os trabalhadores, aumentando sua lucratividade.
Os trabalhadores precisam rechaçar os planos de demissões da empresa, se organizar e exigir que os sindicatos atuem para impedir qualquer demissão e retirada de direitos. Nenhuma família na rua! A crise não pode ser paga com o emprego e o sustento dos trabalhadores, tem que ser paga pelos donos, por esses empresários e acionistas milionários usando da lucratividade que essas empresas geraram.
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