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FRANÇA
Centenas de milhares saem às ruas na França contra a Lei de Segurança Global
Redação

Sábado (28), mais de 200 mil manifestantes em toda frança saíram às ruas contra a lei de segurança global. Em Paris, a mobilização é massiva, com a juventude estando em peso no ato. Milhares de pessoas compõe atos em Nantes, Bordeaux e Toulouse. Uma mobilização massiva que dá um sinal claro ao governo, que quis passar o projeto à força

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IMAGEM: Thomas Coex/AFP

Após recentes casos de violência policial, manifestações irromperam por toda a França contando com mais de 200 mil pessoas em 70 cidades, com sua maior concentração na capital (Paris), com mais de 100 mil pessoas se manifestando contra a aprovação da Lei de Segurança Global na Assembleia Nacional (equivalente a Câmara dos Deputados).

Vídeos da manifestação na Praça da República, em Paris, publicado pelo jornal Révolution Permanente, jornal irmão do Esquerda Diário, parte da Rede internacional de Diários:

A Lei de Segurança Global mostra a verdadeira face do regime político, que avança em medidas autoritárias para reprimir as manifestações fruto da indignação pela condição miserável de milhões num cenário de crise política, econômica e social, agravada pela segunda onda da pandemia que tem aprofundado esses conflitos.

Os protestos se deram em torno dos artigos 21, 22 e 24, que visam limitar a liberdade de imprensa e expressão sobre as ações de repressão das forças policiais em protestos. O artigo 24 prevê a multa de até 45 mil euros (287 mil reais) pela veiculação de imagens “mal intencionadas” das forças policiais. O governo alega que o dispositivo pretende proteger a polícia de mensagens de ódio e pedidos de morte nas redes sociais, com revelações sobre detalhes da vida privada dos agentes. Ou seja, coibir a divulgação dos abusos e da violência policial. Na linha desse projeto os atos contaram com repressão policial e segundo dados oficiais do Estado, nove presos, um verdadeiro absurdo.

Após o caso de desalojamento de manifestantes pró imigração acampados no centro de Paris, com repressão dos jornalistas que cobriam a ação na segunda feira (23), e do absurdo do vídeo do espancamento de Michel Zecler, produtor musical negro, por três policias, o tema tomou proporções nacionais de reverberação. Macron, com sua demagogia, diz que “repudia essas ações como excessos a serem combatidos”, mas sustenta uma política de fortalecimento desses setores e sem contestar o projeto de lei em seu conjunto, mas visando barganhar a eliminação de artigos para conter as manifestações.

Num país marcado profundamente pelo conflito dos coletes amarelos (que inclusive participaram dessas manifestações) e pelas manifestações do levante negro que irrompeu na maré do Black Lives Matter em justiça por George Floyd, fica claro quem são os setores a pagarem com suas vidas pela crise, sendo os negros e imigrantes, que no caso da França os setores mais marginalizados e precarizados na crise atual. Nesse sentido é de extrema importância se apoiar nessa força para derrotar esse projeto de lei, e se colocar consequentemente contra o avanço do autoritarismo, que quer garantir melhores condições de repressão por parte do Estado.

Somente organizando nossa luta numa perspectiva independente e de enfrentamento com os capitalistas é que poderemos dar uma saída para a crise que não seja amargar mais e mais ataques.

Ato em Lyon:

Ato em Rennes:

 
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