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VIOLÊNCIA MACHISTA
Em mais um brutal feminicídio, jovem é assassinada por ex-namorado militar
Redação

Estudante de pós-gradução na cidade de Valença, no sul do Rio de Janeiro, foi friamente assassinada pelo ex-namorado, um cabo da Polícia Militar do RJ. Mais uma vez, a violência policial e o feminicídio dão as mãos e tiram a vida de uma mulher.

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Mulheres seguram cartazes em frente à delegacia de Valença, em repúdio ao assassinato de Mayara. Foto: Giovani Rossini/TV Rio Sul

Mayara Pereira de Oliveira Fernandes tinha 31 anos, possuía um filho de 5 e era estudante de pós-graduação na Fundação Educacional Dom André Arcoverde, em Valença. Provavelmente tinha sonhos, e uma vida inteira a ser vivida, que foi interrompida por uma bala da polícia em um disparo motivado por machismo.

A jovem foi feita refém em seu próprio carro, no estacionamento de sua própria faculdade, pelo seu ex-namorado, o cabo da PM Janitom Celso Rosa Amorim. Ela passou quase 3 horas sob a mira do ódio do militar, que se viu no direito de usar sua posição - e sua arma - para ameaçá-la e, por fim, atirar em sua boca lhe tirando a vida.

Este odioso crime ocorre justamente na semana do dia 25 de novembro, dia internacional de luta contra a violência machista, mostrando como a luta das mulheres elementar direito de estarem vivas e não serem violentadas ainda segue atual e urgente. No Brasil, somente no primeiro semestre 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta, e as estatísticas apontam que a cada 2 minutos, uma mulher é agredida. Essa situação foi agravada em meio à pandemia de coronavírus.

A violência policial também é uma realidade constante, sendo parte do cotidiano fluminense se deparar com mortes pelas armas da polícia militar. A polícia é uma instituição machista e não são raras as denúncias de violência de gênero por parte dos seus representantes. Essa instituição, que sempre atua no silenciamento das mulheres diante das denúncias de violência machista, tem entre os seus os próprios agressores dessas mulheres.

Além disso, contam com uma justiça militar própria, para garantir a manutenção impune do “direito de matar” que possuem. No caso do brutal assassinato de Mayara, o cabo atirou na boca da jovem em frente ao delegado e diversas testemunhas, foi preso em flagrante e seguiu para ser preso no Batalhão Especial da corporação, em Benfica, no Rio de Janeiro.

Basta de mulheres sendo agredidas, violentadas e assassinadas todos os dias! As vidas, corpos e decisões das mulheres só dizem respeito à elas mesmas. É um enorme absurdo que as mulheres tenham que lutar pelo direito de decidir sobre seus relacionamentos, de poder terminar uma relação e seguir viva sem ser perseguida, sequestrada e, nos piores casos, mortas. Basta de feminicídos e de violência contra as mulheres!

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