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EDUCAÇÃO SÃO PAULO
Com 3,4 bi tirados da educação, Covas reduz Leve Leite e abre vagas em creches inacabadas
Redação

Bruno Covas (PSDB) assumiu a prefeitura depois que João Doria (PSDB) deixou o seu mandato para assumir o governo do Estado, e em equipe constroem um projeto de privatização, retirada de direitos e precarização da vida, garantindo em suas trajetórias profundos ataques contra a educação. 

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Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

Além de não terem zerado as vagas na creche, deixando mais de 22 mil crianças sem vaga em São Paulo (segundo dados do R7), Bruno Covas (PSDB), atual prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, e João Doria cortaram investimentos da educação e matricularam crianças em CEIs inacabados. Estes fazem parte da extensa lista de ataques que mostram o ódio de Bruno Covas pela Educação de São Paulo.

Veja também: 10 ataques que mostram o ódio de Bruno Covas pela Educação de São Paulo

Como parte do desafio de destruir a educação pública paulistana, cerca de R$ 3,4 bilhões foram diminuídos do orçamento da educação municipal entre 2017 e 2019 pela dupla Bruno Covas e João Doria (PSDB), combinada a redução do percentual da arrecadação de impostos destinado à rede pública de ensino. Em 2016 foi aplicado 28,57% e em 2019 fechou em 25,44%.

Apesar da aplicação mínima exigida pela Constituição Federal ser de 25% da receita de impostos, muitas escolas tiveram que reduzir os contratos de manutenção e muitas iniciaram o ano letivo de 2020 sem fazer limpeza de caixas d’água, serviços de zeladoria, corte de grama dos parques infantis, dedetização etc. A gestão de Covas também impactou outros programas, como o Leve Leite, que perdeu 83% da verba que tinha em 2016, deixando de atender quase 700 mil crianças. Ao assumirem neste ano, as crianças de 7 a 14 anos foram excluídas do programa e a execução do orçamento caiu para R$ 50,8 milhões, seguindo em queda nos anos posteriores.

Segundo relatos de representantes das entidades conveniadas divulgados pela Rede Brasil Atual, Doria e Covas passaram a entregar uma quantidade de alimentos inferior à necessidade das escolas conveniadas, e as creches passaram a fazer a aquisição de alimentos por conta própria para garantir a refeição completa das crianças, como arroz, carne bovina, óleo de cozinha, frutas e legumes, itens que mais tiveram redução no fornecimento pela prefeitura.

"A merenda está vergonhosa. Creches com 150 crianças, da minha entidade, receberam três itens para passar o mês. Três itens que dão para uma semana. Legumes e verduras, então, nem se fala”, disse Darcy Diago Finzetto, diretora do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, durante assembleia do Fórum de Educação Infantil com Entidades Conveniadas do Município de São Paulo (FEI), em maio de 2017, na Câmara Municipal de São Paulo.

E de forma bastante irresponsável, deixando centenas de mães de família na mão, o governo dos tucanos passou a matricular crianças em creches que ainda estavam em obras. Familiares das crianças eram chamados para efetivar a matrícula, mas quando chegavam no local onde devia estar a creche encontravam creches totalmente inacabadas e sem previsão de conclusão, como a Creche Particular Conveniada Rio Claro, na Chácara Enseada, região do Jardim Ângela, que estava com as obras paradas há mais de um ano, segundo os moradores, que constavam matrículas de duas centenas de bebês.

A lista de ataques de Covas e Doria ao ensino público municipal em São Paulo se estende imensamente: aprovação da PL privatista 452/20 que favorece a rede privada com a compra, com dinheiro público, de vagas na educação infantil; atacaram fortemente a aposentadoria dos educadores e professores com a aprovação do Sampaprev; aplicaram um EAD totalmente excludente durante a pandemia; demissões em massa de trabalhadores terceirizados; ataque aos ATEs; privatização dos CEUs; Fechamento das salas de vídeo, brinquedotecas, salas de leitura e informática da pré-escola; Retirada do Transporte Escolar Gratuito; além de terem escolhido para o cargo de vice-prefeito para a candidatura de Covas nestas eleições Ricardo Nunes, forte suspeito de envolvimento na Máfia das Creches, que teria se beneficiado de contratos sem licitação para prestação de serviços de dedetização a pelo menos oito creches da cidade de São Paulo.

Covas e Dória são representantes desse regime golpista que, junto de Bolsonaro, os militares, o Centrão e o judiciário, atuam para garantir que o lucro dos empresários esteja acima da vida, direitos e futuro da classe trabalhadora e da juventude. Diante da crise econômica, que é agravada hoje pela pandemia, é preciso construir uma força com independência de classe, onde não há aliança, nem acordo com burgueses e seus representantes. A única forma para garantir uma educação pública e de qualidade para a juventude em São Paulo e no Brasil deve ser construída ao lado da classe trabalhadora, das mulheres, dos negros, LGBTs, através da mobilização da classe trabalhadora e dos mais oprimidos que se faça com que sejam os capitalistas que paguem por essa crise.

 
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