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Senador Irajá Abreu, acusado de estupro, é “campeão de desmatamento” a favor do agronegócio
Redação

Filho da também senadora Kátia Abreu (PDT), Irajá Abreu (PSD) foi um deputados mais ricos da Câmara em 2010 e o que mais desmatou em 2014. Além de acusado recentemente por estupro de uma jovem de 22 anos, Irajá atua em favor do agronegócio e dos empreendimentos da própria família.

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Foto: Jane de Araújo/Senado

Conforme já havíamos noticiado, o senador Irajá Abreu (PSD) foi acusado de estupro por uma jovem de 22 anos através de um Boletim de Ocorrência registrado nesta segunda-feira (23).

Filho da também senadora Kátia Abreu (PDT), ex-ministra da Agricultura do governo Dilma (PT) e eleita “Miss Desmatamento” pelo Greenpeace, Irajá Silvestre Filho herdeiro da família Abreu seguiu os passos da mãe e foi acusado em 2018, quando era deputado federal, por ser o parlamentar “campeão em desmatamento” na Câmara.

Com dados do Ruralômetro, painel que monitora a atuação dos deputados em temas ambientais e rurais com informações do Ibama, o site Repórter Brasil denunciou que em 2010 Irajá foi autuado pelo Ibama por desmatamento de uma área equivalente a 75 campos de futebol para abrir espaço a uma monocultura de eucalipto.

A área no interior do Tocantins se chama Fazenda Aliança, e foi herdada por Irajá de sua mãe Kátia Abreu. O local abriga vegetação de preservação permanente, e mesmo com essa infração gravíssima o deputado apenas recebeu uma multa no valor de R$120 mil.

Dos 513 deputados federais eleitos em 2014, 5 foram multados e autuados por infrações ambientais. Apesar de não ter recebido a maior multa entre os criminosos, Irajá foi o deputado que destruiu a maior área ambiental. Ele foi multado outras duas vezes por crime ambiental.

Irajá Filho em fazenda/Reprodução

A atuação de Irajá Filho (membro da bancada ruralista, a Frente Parlamentar Agropecuária) acontece não só em favor do agronegócio em geral como também abertamente para benefício dos negócios da própria família.

Assim que tomou posse como deputado, em 2011, Irajá elaborou o Projeto de Lei 2163/2011 em que propôs o fim dos estudos de impacto ambiental, e o fim dos licenciamentos ambientais para empreendimentos agropecuários, florestais ou de reflorestamento, o que certamente favorece os crimes da família Abreu.

À época, Irajá argumentou que a justificativa do projeto se dava pelo custo exorbitante do processo de licenciamento, “capaz de aniquilar a produção agropecuária”. Porém, ele estava entre os 25 deputados federais mais ricos, com patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral de R$5,7 milhões.

O projeto de lei facilitador dos crimes ambientais que dispensava o licenciamento ambiental e poderia anistiar multas aplicadas pelo Ibama, foi considerado inconstitucional e portanto não promulgado.

Irajá Filho já foi autor de muitas outras propostas polêmicas, como o Projeto de Lei 1201/2015 que tentou enfraquecer a luta por terra e se vingar de camponeses organizados no MST (Movimento Sem Terra) que ocuparam a Fazenda Aliança em 2013 como protesto aos desmatamentos ilegais crescentes.

Irajá Filho foi favorável à MP da Grilagem, que facilita grandes fazendeiros a fraudar a posse de terras, votou “sim” à Reforma Trabalhista do golpista Michel Temer (MDB), e defendeu o fim da exigência de símbolo transgênico em rótulos alimentícios.

Como é de se esperar, Irajá tem o apoio de grandes empresas interessadas politicamente na flexibilização de leis ambientais: em 2014 ele teria recebido R$361 mil em doações de campanha por empresas multadas por infrações ambientais e desmatamento.

Fonte: Repórter Brasil

 
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