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PREÇO DOS ALIMENTOS
Preço da cesta básica sobe em 17 capitais em setembro e a população paga a conta da crise
Cássia Silva

Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 51,22% do salário mínimo líquido de um trabalhador, em média, foi utilizado para comprar uma cesta básica em 17 capitais brasileiras, em setembro. Enquanto os preços aumentam, o auxílio emergencial é reduzido, Bolsonaro, Mourão e os golpistas fazem com que sejam os trabalhadores e o conjunto da população a pagarem a crise.

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As cidades que bateram o recorde foram: Florianópolis, com o aumento de 9,8% da cesta, (cujo preço médio foi de R$582,40); Salvador, com 9,7%; e Aracaju, com 7,13%. A cidade de São Paulo teve aumento de 4,43% por cesta, cujo valor médio no mês foi de R$ 563,35.

Um dos alimentos que mais aumentou foi o óleo de soja, por causa de baixo estoque e pela alta demanda, segundo o Dieese. O registro desse aumento se deu nas 17 capitais, mas Natal (39%,62), Goiânia (36,18%), Recife (33,97%) e João Pessoa (33,86%) se destacam. O aumento do arroz também foi registrado nas 17 capitais: Curitiba (30,62%), Vitória (27,71%) e Goiânia (26,40%) se destacam. Já a carne bovina de primeira teve aumento em 16 das 17 capitais.

Em setembro, o preço do pacote de arroz chegava a pelo menos mais de 10% do valor do auxílio emergencial, que agora será reduzido a R$300 reais por Bolsonaro e Guedes. Bolsonaro e Guedes estão implementando um ajuste fiscal, com a Reforma Administrativa, privatizações para pagar seguir pagando a dívida pública, os custos da pandemia, dar continuidade aos objetivos do regime fruto do golpe institucional e descarregar a crise nas costas dos trabalhadores, incluindo o fim do auxílio em dezembro, o avanço do desemprego e a flexibilização trabalhista e a uberização. O vice-presidente, general Mourão, chegou a afirmar que os preços aumentaram porque houve injeção de recursos na economia pelo governo durante a pandemia, relacionando isso ao auxílio emergencial, culpando os trabalhadores que usaram o pouco que receberam para comer.

Como pano de fundo do baixo estoque e da alta demanda está o agronegócio, que, na realidade, foi o que mais lucrou durante a pandemia. O agronegócio teve um aumento dos ganhos em 12,9% no primeiro semestre de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo o IBGE.

Por isso, é necessário o congelamento do preço dos alimentos no valor que tinham antes de começar a pandemia e o auxílio emergencial de R$2000 – a média salarial no Brasil antes da mais recente onda de demissões e redução de salários. Assim como a proibição das demissões e a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários para reverter o crescente número de desempregados, que não sabem até quando poderão ainda alimentar suas famílias.

 
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