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28S
23/09 no RN: Os estudantes precisam decidir como lutar contra os Interventores, Bolsonaro e Mourão!
Faísca - UFRN

Nessa quinta-feira, 17, a reitoria do IFRN foi palco de mais uma manifestação de estudantes das instituições federais do Rio Grande do Norte, denunciando a intervenção por parte do governo Bolsonaro nas Reitorias do IFRN e da UFERSA, ambas no RN, mas também na UFRGS nessa semana. Esse ato se soma a outros protestos de estudantes aqui no estado, como o dos estudantes da UFERSA no dia 31 de agosto em Mossoró contra a posse da interventora.

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Cerca de 100 estudantes se concentraram em frente ao prédio da reitoria e se manifestaram também diante da sala ocupada pelo interventor Josué Moreira, indicado do deputado bolsonarista General Girão. Foi uma importante ação para denunciar também a escolha de Bolsonaro da terceira indicada na consulta para reitor na UFERSA, que deu posse à professora Ludmila Oliveira, também bolsonarista, que inclusive está perseguindo judicialmente a presidente do DCE da UFERSA, Ana Flávia Lira, por simplesmente chamá-la de interventora.

Bolsonaro também interviu na nomeação da reitoria da UFRGS, dando posse ao menos votado na lista tríplice Carlos Bulhões, outro candidato aliado a políticos bolsonaristas do Rio Grande do Sul. Também no dia 17, estudantes da UFRGS realizaram um ato em frente a reitoria da universidade e estão chamando uma nova ação para o próximo dia 21. Nesse ato, estudantes do Instituto de Artes organizaram um bloco convocado pelo Cadi (Centro Acadêmico do curso de Teatro), da qual a Faísca junto com estudantes independentes compõem a gestão, que realizou uma performance do enterro do interventor e dos resquícios da ditadura na universidade..

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Não aceitamos e não recuaremos até que a intervenção seja barrada e o regime universitário seja realmente democratizado, com o fim da lista tríplice! É preciso massificar essa luta! Essa foi a performance dos estudantes do Instituto de Artes da UFRGS contra a intervenção de Bolsonaro e sua corja na nossa universidade, realizada no ato de hoje (17). "Temos um enterro aqui hoje Sim, um enterro Este, entretanto, seja... Talvez, o de amanhã! Bolsonaro, Bulhões e os resquícios da ditadura Se não os enterramos hoje... Podemos hoje, iniciar a cerimônia De conjunto. A cerimônia de conjunto? Sim, porque para enterrar... Temos, todos, que preparar... Desde já, o seu fim! (Forte) Então que, hoje, comecemos! Se querem que seja a UFRGS Façamos com que sejam Bolsonaro Os resquícios da ditadura E o próprio Bulhões Sim, eles! A decadência daquilo Que todos os dias Nos faz carregar caixões Aos milhares! Organizemos o contra-ataque Desde agora E isso não é uma ameaça É uma sentença!" NÃO! NÃO! NÃO À INTERVENÇÃO!

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Em 2019 a UFC foi a primeira instituição federal vítima desse avanço autoritário de Bolsonaro com a nomeação do interventor Candido Albuquerque. Tratam-se de medidas completamente anti-democráticas que atacam ainda mais a autonomia universitária, baseadas no mecanismo herdeiro da ditadura que são as listas tríplices para a reitoria.

Essa lei antidemocrática atravessou, sem ser utilizada, todos os governos desde então e não foi alterada nem por FHC, nem pelos governos do PT. Agora o mecanismo de intervenção presidencial é utilizado pelo governo neoliberal de extrema-direita de Bolsonaro para avançar no processo de privatização do ensino público superior. O corte de 1,4 bilhões programado para as universidades no ano que vem e o avanço do modelo EAD de ensino são a porta de entrada para a iniciativa privada.

Mas Bolsonaro, com apoio dos militares, querem atacar ainda mais a autonomia universitária para facilitar a implementação de cada vez mais ataques programados para os estudantes da universidade, que foi o primeiro setor que se organizou para enfrentar o governo Bolsonaro. É uma resposta direta ao que foi o Tsunami da Educação do 15 de Maio de 2019, preparando uma maior repressão da organização dos estudantes nas instituições federais.

Agora, a UNE está chamando que o dia 23 seja um dia nacional de luta contra o governo Bolsonaro. É necessário que os DCEs e CAs que dirigem o movimento estudantil em todo o país, e no RN não façam mais um dia de mobilização completamente formal, por fora de promover de fato a auto-organização dos estudantes, e chame assembleias para que os estudantes se ativem contra as intervenções, cortes na educação e o avanço da privatização via EAD.

A posse do reitor escolhido na consulta, como defendem a UNE, UEE, e inclusive setores da Oposição de Esquerda, não será garantia de uma verdadeira autonomia universitária que permita fazer frente ao processo de privatização da universidade. É necessário batalhar por um regime universitário de fato democrático, dê ao conjunto da comunidade acadêmica de fato poder soberano sobre as decisões da universidade e com isso uma verdadeira autonomia, inclusive na produção científica, hoje cada vez mais voltada à iniciativa privada. Precisamos acabar com as heranças da Ditadura Militar de conjunto, recuperando a combatividade daquela juventude que se enfrentava com ela.

Por isso que nós da Faísca defendemos que a luta contra a intervenção deve apontar o caminho de uma estatuinte livre e soberana, que varra a lista tríplice herdeira da ditadura e instaure um governo tripartite. Em uma estatuinte assim, estudantes, professores e servidores (incluindo as terceirizadas), devem levantar medidas como a necessidade de dissolver o os Conselhos Universitários, que dá poder de decisão à burocracia acadêmica em detrimento dos estudantes e trabalhadores, e acabar com a influência da iniciativa privada na gestão da universidade, acabar com as terceirizações (efetivando todas as trabalhadoras) e instituir uma verdadeira democracia interna, através de uma gestão tripartite de professores, trabalhadores e estudantes, onde cada setor tenha peso proporcional aos seus números reais dentro das instituições federais, abolindo o cargo de reitor.

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Nessa quinta-feira, 17, a reitoria do IFRN foi palco de mais uma manifestação de estudantes das instituições federais do Rio Grande do Norte, denunciando a intervenção por parte do governo Bolsonaro nas Reitorias do IFRN e da UFERSA, ambas no RN, mas também na UFRGS nessa semana. Cerca de 100 estudantes se concentraram em frente a reitoria e fizeram um ato em frente à sala ocupada pelo interventor Josué Moreira, indicado do deputado bolsonarista General Girão. Foi uma importante ação para denunciar também a escolha de Bolsonaro da terceira indicada na consulta para reitor na UFERSA, que deu posse à professora Ludmila, também bolsonarista, que inclusive está perseguindo judicialmente uma diretora do DCE da universidade por simplesmente chama-la de interventora. Bolsonaro também interviu na nomeação da reitoria da UFGRS, dando posse ao menos votado na lista tríplice Carlos Bulhões, outro candidato aliado a políticos bolsonaristas do Rio Grande do Sul. Tratam-se de medidas completamente anti-democráticas que atacam ainda mais a autonomia universitária, baseadas no mecanismo herdeiro da ditadura que são as listas tríplices para a reitoria. NÃO À INTERVENÇÃO #ifrn #ufersa #universidade #reitoria #intervenções #bolsonaro #forabolsonaro #forabolsonaroemourão

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Certamente que uma demanda como essa só pode ser imposta através de uma luta massiva, auto-organizando cada curso através dos CAs, Grêmios e dos DCEs. A própria UNE, dirigida nacionalmente pelo PCdoB através da UJS, e também a UEE e a UMES, dirigidas pelo PT no RN, paralisaram os DCEs, CAs e grêmios que dirigem durante todo o avanço do EAD e das intervenções, enquanto os parlamentares do PT e PCdoB aprovavam a isenção fiscal às Igrejas, e Fátima avançava com a reforma da previdência no RN.

A luta contra as intervenções deve ser uma luta contra todo o regime herdeiro do golpe institucional, por isso, sem nenhuma confiança ao mesmo judiciário que tomou uma série de medidas anti-democráticas que facilitaram a entrada de Bolsonaro no governo e que ataca os trabalhadores. Mas também deve ser uma luta contra as reitorias, que cada vez mais cumprem um papel de ser correia de transmissão dos ataques do governo federal, e que estão impondo o EAD de forma autoritária em todo país, avançando na privatização das universidades e demitindo centenas de trabalhadores terceirizados em cada universidade federal e estadual.

Os aliados da luta contra a intervenção são os trabalhadores dos Correios que estão em greve à mais de um mês, se enfrentando com Bolsonaro e o general Floriano Peixoto, que lutam em defesa dos seus direitos e contra a privatização da empresa. Se vencem essa luta, com apoio dos estudantes, podemos barrar o projeto de ataques de Bolsonaro, dos militares, aliados com o Centrão e o STF aos trabalhadores, à juventude e às universidades.

Por isso que a Fenet de secundaristas, os DCEs da UFRN, da UERN e da UFERSA, deveriam fazer uma ampla campanha de apoio à greve dos Correios e de exigência a que as centrais sindicais, sobretudo a CUT e a CTB, encampem essa batalha no dia 23. Com essa aliança profunda será possível criar uma profunda aliança das entidades estudantis com os trabalhadores, que rompa com a tradição da UNE de isolar a luta dos estudantes em prol de acordos com as reitorias e a confiança na oposição de direita ao Bolsonaro. Assim, nossa luta contra Bolsonaro, Mourão e os militares, será capaz de por em crise o conjunto desse regime herdeiro do golpe institucional, com o STF e o Centrão.

 
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