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Diretoria de ensino em Campinas se nega a conversar com professores
Redação

Nesta quinta feira, dia 17, dezenas de professores se reuniram na frente da Diretoria de Ensino Oeste em protesto contra a abertura irresponsável e autoritária das escolas. Os professores que levavam um abaixo assinado contrário ao retorno presencial foram surpreendidos com a Diretoria de Ensino de portas fechadas.

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“Excepcionalmente” no dia do ato, a DE decidiu terminar o expediente mais cedo. Na verdade, não queria conversar com os professores que levavam o reclamo da imensa maioria da comunidade escolar: de que a volta as aulas presenciais da Secretária da Educação promovida pelo secretário Rossiele e o governador João Doria coloca em risco estudantes, professores, funcionários e familiares.

A postura da diretoria de ensino mostra a verdade em torno do plano de retorno: ele é, da cabeça aos pés, autoritário. Doria, que tentou se diferenciar do negacionismo bolsonarista, mostra que para ele o lucro dos empresários, também, está acima de qualquer coisa. Os professores em ato mostraram como em muitos bairros das periferias da cidade de Campinas os índices da Covid-19 continuam altos e que a comunidade escolar e os trabalhadores da saúde estão distante de qualquer controle sobre a decisão do retorno e sobre as condições dele. Não suficiente, muitas escolas têm organizado suas próprias consultas e os resultados são contrários são muito expressivos. Trabalhadores, alunos e suas famílias consideram absolutamente inseguro e sabem, que o governo, não garantirá o mínimo de condições sanitárias para as escolas.

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O ato também contou com a presença solidária e ativa de trabalhadores em greve dos Correios, que desde a manhã, estavam em passeata contra a privatização dos Correios e a retirada de seus direitos. O Movimento Nossa Classe Educação prestou solidariedade a eles. No ato na DE muitos grevistas dos Correios, por sua vez, manifestaram seu apoio aos professores e repúdio aos governos, mostrando, que o plano de negligência com nossa vida e saúde, ataque aos direitos e as empresas públicas fazem parte de um mesmo plano, que beneficia empresários e precariza a vida do povo. A Juventude Faísca também esteve presente nos atos levando a solidariedade as lutas dos trabalhadores e afirmando que jovens não caem nas mentiras dos governos e sabem que os privilegiados deste país são os políticos, militares, juízes e empresários. De forma alguma trabalhadores como os funcionários dos Correios e os professores.

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A professora Livia Tonelli interviu saudando a presença dos trabalhadores dos correios e defendendo a articulação e unidade das lutas. Defendeu que o plano de retorno atende a demanda empresarial e coloca em risco não só os professores, mas, no geral, as famílias dos trabalhadores. Afirmou que a prova que Doria negligencia a saúde dos trabalhadores é que no mesmo momento que impõem o retorno presenciou desestrutura o plano de saúde pública para os servidores, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo. Denunciou as condições precárias das escolas, que estão longe da imagem vendida em propagandas pelo governo, e defendeu que como resposta são só os trabalhadores da saúde e a comunidade escolar que podem decidir como e quando retornar.

Júlia Silva, estudante de pedagogia, interviu dando apoio as reivindicações dos professores. Lembrou da importância de que os trabalhadores estejam unidos entre todos. Denunciou as demissões de merendeiras e funcionárias da limpeza nas escolas, e os milhares de professores temporários que ficaram sem aulas e sem salários durante a pandemia. Denunciou, também, que as reitorias estão progressivamente aderindo a irresponsabilidade das reaberturas e que por isso é necessário um plano de lutas onde sejam os trabalhadores que controlem as medidas relativas a saúde da população frente a pandemia. Confira a fala da estudante na íntegra:

Leia o manifesto e assine abaixo-assinado dos professores de Campinas aqui

 
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