O projeto de anistia às Igrejas que contou com o aval da bancada evangélica e até de parlamentares PCdoB e alguns do PT, deveria ser sancionado ou não pelo presidente até sexta-feira (11). Bolsonaro não vetou por completo o projeto. Ele sancionou a isenção da contribuição previdenciária por parte das entidades religiosas e anulou multas anteriores a 2015 das mesmas, concedendo um importante benefício aos templos.
Atendendo a pressão de uma parte de seus eleitores, alguns setores da burguesia e também de Paulo Guedes, Bolsonaro vetou a parte do projeto que isentava as Igrejas de contribuírem sobre o Lucro Líquido (CSLL): “Contudo, por força do art. 113 do ADCT, do art. 116 da Lei de Diretrizes Orçamentárias e também da Responsabilidade Fiscal sou obrigado a vetar dispositivo que isentava as Igrejas da contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL), tudo para que eu evite um quase certo processo de impeachment.”
Porém, logo após o parágrafo justificando o veto, Bolsonaro acena positivamente à bancada da bíblia, chamando o Congresso a derrubar seu próprio veto e prometendo achar os meios para anistiar as Igrejas: “Confesso, caso fosse Deputado ou Senador, por ocasião da análise do veto que deve ocorrer até outubro, votaria pela derrubada do mesmo. No mais, via PEC a ser apresentada nessa semana, manifestaremos uma possível solução para estabelecer o alcance adequado para a imunidade das igrejas nas questões tributárias”.
Através do anúncio de uma PEC para beneficiar as Igrejas, Bolsonaro reafirma seu compromisso com a bancada religiosa enquanto a população brasileira amarga no desemprego e na fome, aprofundadas pelos ataques desse mesmo governo de Bolsonaro e Mourão.
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