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Espírito Santo anuncia volta às aulas com guia do que fazer em caso de mortes de alunos e professores
Redação Espírito Santo

Em Plano de Retomada das Aulas Presenciais para a Educação Básica do governo estadual do Espírito Santo, foi anunciado que “havendo óbitos de alunos ou de profissionais da escola, pode-se organizar ritos de despedida, homenagens e memoriais”, escancarando como a prioridade dos governos é proteger a reabertura que impede maior impacto econômico, rifando nossas vidas e nos deixando sem planos de retorno seguros.

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Na última sexta-feira, 04, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou o Plano de Retomadas das Aulas Presenciais para a Educação Básica, declarando que as escolas estaduais vão voltar às aulas presenciais a partir do mês de outubro, começando pelo ensino médio, depois do 6º ao 9º ano e por fim do 1º ao 5 ano. A ideia é que haja um revezamento entre as turmas, mas de qualquer forma, representa um perigo diante da pouca garantia de segurança ao novo coronavírus.

Mais do que proteção escassa e garantias de um retorno presencial seguro, o plano do governo capixaba contém um trecho que reconhece diretamente a possibilidade de óbito de professores e estudantes e como proceder nestes casos, aceitando e assumindo o risco iminente de óbitos. Nos últimos dias houve polêmica ao redor deste trecho, em que muitos pensaram que poderia se tratar de uma fake news, mas de fato está no Plano do governo.

Na página 65 do Plano de Retomada das Aulas Presenciais para a Educação Básica consta que “Havendo óbitos de alunos ou de profissionais da escola, e se for algo desejado pela comunidade escolar, o grupo pode organizar ritos de despedida, homenagens, memoriais, formas de expressão dos sentimentos acerca da situação e em relação à pessoa que faleceu, e ainda atentar para a construção de uma rede socioafetiva para os enlutados. Simbolizar a dor de alguma forma contribui para o processo de luto, lembrando sempre que cada um vive esse momento de uma maneira, como uma experiência pessoal e única e que, por isso, precisa ser respeitado”, diz o texto.

É completamente absurdo que um documento do governo reconheça e aceite tranquilamente que no plano de retomada às atividades presenciais exista risco de óbito devido justamente a falta de garantias de segurança. É escancarar como os governos estaduais, tanto o de Casagrande no Espírito Santo, mas também outros tantos estados brasileiros, assim como o governo federal comandado pelo negacionista Bolsonaro, têm anunciado planos de retorno que não apresentam nenhuma medida concreta e coerente que garanta a proteção sanitária para a população, assumindo que estão sendo guiados por outros motivos ao reabrir comércios, escolas e demais atividades.Quem se responsabilizará pelas mortes que podem ocorrer após a reabertura das escolas? Para os governos pouco importa responder esta pergunta, para o governo do Espírito Santo, basta seguir o protocolo descrito no Plano anunciado em como atuar no caso de óbito de alunos ou profissionais da escola.

É por conta de casos escandalosos como este e tantos outros que têm ficado evidentes na política dos governos, que nós do Esquerda Diário, militantes do MRT e do Movimento Nossa Classe Educação, apresentamos um Plano Emergencial para a Educação em meio à pandemia, que deve ser imposto pela organização e luta. Basta da política dos governos que com todo o seu descaso defendem os lucros das grandes empresas que estão sofrendo com a crescente crise econômica e rifa nossas vidas, não garantindo os mínimos direitos.

 
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