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GREVE DOS CORREIOS
Contra a privatização e os ataques: todo apoio à greve dos Correios no DF e Entorno!
Rosa Linh
Estudante de Ciências Sociais na UnB
Comitê Esquerda Diário DF/GO

A greve dos Correios continua, desde o dia 16/8, e no Distrito Federal não foi diferente. Diante da extrema-direita privatista de Bolsonaro, militares e Guedes, todos intimamente atrelados à alta cúpula burocrática nacional da estatal, onde os pouquíssimos altos cargos de salários milionários se contrapõe a trabalhadores da linha de frente com medo de morrer todos os dias pela COVID, as e os trabalhadores ecetistas do DF e entorno resistem.

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A greve nacional dos Correios começou, no dia 16/8, devido a um imenso ataque que modifica 70 tópicos no acordo coletivo da categoria, e também em resposta à tentativa de privatização e à falta de condições sanitárias no trabalho durante a pandemia. O Distrito Federal conta com mais de 150 mil casos confirmados de COVID-19, mais de 2 mil mortes - contando com, pelo menos 82 trabalhadores dos correios contaminados em julho. Estas mortes estão nas mãos de Bolsonaro e do general Floriano Peixoto, atual presidente da estatal, que foi nomeado pelo presidente da república, bem como de Ibaneis. Bolsonaro, ao invés de investimentos no SUS para combater a crise sanitária, aprovou salvamentos bilionários a grandes empresários; por sua vez, Ibaneis não promoveu testes massivos e, na verdade, concedeu à iniciativa privada várias isenções, fora que abriu o comércio e está ativamente tentando reabrir as escolas.

As e os trabalhadores essenciais dos Correios continuam trabalhando, sem poder fazer quarentena, sem EPIs necessários - e agora sofrem com um ataque brutal que atinge sua renda e sua estabilidade no emprego enquanto trabalham com medo do vírus para sustentar suas famílias. Nacionalmente, a categoria contabilizou mais de 120 funcionários mortos por COVID-19.

Os trabalhadores e trabalhadoras ecetistas do DF estão participando ativamente desse movimento, com grandes atos e piquetes - como foi o caso da manifestação na SIA no dia 24. São agências do Setor Bancário Norte, do Valparaíso do Goiás, do Gama, de Luziânia e em toda capital do país - todas paradas, com os trabalhadores e trabalhadoras, lutando contra a privatização precarizadora de empregos e redutora de salários de Guedes, Bolsonaro e militares.

Para mencionar alguns dos direitos atacados: vale-alimentação, redução do adicional de férias e do adicional noturno, fim do adicional de atividade distribuição e coleta, fim do ticket nas férias, fim da comissão de acidentes de trânsito. E mais: fora esses ataques, o governo atacou de forma covarde as mulheres com redução da licença maternidade e do período de amamentação, auxílio-creche, fim do auxílio para dependentes/filhos especiais, redução da idade de 7 para 5 para o reembolso creche/babá. As mulheres trabalhadoras, que além de arcarem com dupla ou tripla jornada de trabalho em casa, estão sendo brutalmente atacadas por esse regime machista, que está disposto a tudo para salvar os lucros dos patrões e mandar para a cova mulheres trabalhadoras e mães de família.

A defesa da greve dos Correios é fundamental para que a classe trabalhadora brasileira erga a cabeça e barre os ataques deste governo, fruto do regime golpista e degradado. Nesse ano já foram aprovadas as MPs 936 e 927, inclusive a partir da conivência das Centrais Sindicais (CUT e CTB), as quais facilitaram as demissões e as reduções de jornada com cortes salariais. O ataque a 70 pontos no acordo coletivo também são uma expressão dos anseios de e privatistas. É fundamental que a greve dos Correios vença, para que a classe trabalhadora impeça a privatização da Eletróbras, Petrobras, Caixa e tantas outras estatais na mira de Guedes. Se os trabalhadores do Correio, através da força de sua mobilização, conseguem frear estes ataques, como fizeram os metroviários em SP, este projeto de precarização e privatização do governo Bolsonaro sairia abalado, enquanto a classe trabalhadora sairia moralizada, moralização esta que poderia, e iria, se expressar em diversas categorias, podendo despertar mobilizações que conseguiriam dar uma resposta popular aos ataques de conjunto.

É preciso também dizer, que não passa de retórica barata o discurso de que “é preciso enxugar os gastos”, de que “é preciso privatizar para cortar despesas”: anualmente, os Correios custam mais de 1,1 milhão de reais a estatal, enquanto a maior parte da categoria ganha menos de 2 salários mínimos. E mais que isso - a dívida pública nacional consome mais da metade do PIB brasileiro! Privatizar é a melhor saída para os banqueiros, grandes empresas imperialistas e para aqueles encastelados em suas mansões no Lago Sul, passando muito bem sua quarentena enquanto recebem supersalários e apoiam os cortes grotescos de Floriano Peixoto e desse governo.

É fundamental que, nesse contexto, a CUT e a CTB convoquem outras categorias para se somarem, nacionalmente, a greve dos Correios. Só com a unidade das e dos trabalhadores, em defesa do emprego, da renda, dos direitos e contra o regime golpista de conjunto, podemos vencer os ataques de Bolsonaro, militares e nos acordões criminosos do STF, como a confirmação de decisão favorável à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), suspendendo sentença do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que havia mantido direitos da categoria. Temos que confiar na força da classe trabalhadora contra esse regime que só se importa com os lucros dos patrões!

Por isso, o Esquerda Diário no Distrito Federal se solidariza totalmente com a greve nacional dos Correios e coloca nossa mídia independente e das e dos trabalhadores à serviço de receber denúncias, informações e opiniões das e dos ecetistas do DF e entorno. Que os capitalistas paguem pela crise! Nossas vidas valem mais que o lucro deles!

Envie sua denúncia e/ou seu apoio à greve dos Correios! Para entrar em contato com o Comitê Esquerda Diário no Centro-Oeste, escreva para: [email protected].

 
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