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Metroviários se solidarizam aos trabalhadores dos Correios em greve
Fernanda Peluci
Diretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe
Rodrigo Tufão
diretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe

Na última segunda feira (17), foi deflagrada a greve dos trabalhadores dos correios. A direção da empresa, que está nas mãos de um militar, ameaça a retirada de 70 pontos do acordo coletivo dos trabalhadores e contou com o STF golpista para isso. É preciso unificar os trabalhadores nacionalmente para barrar esses ataques que são parte dos planos privatistas da direita e da extrema direita.

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A pandemia tem sido a desculpa dos capitalistas para atacar os direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores no país e no mundo, alegando que a pandemia aprofundou uma crise econômica que também resultou em uma queda das receitas, dificultando para os capitalistas arcarem com os custos de funcionamento e manutenção das empresas e direitos. Mas na realidade o que querem é que a classe trabalhadora pague por essa crise, utilizam-se da pandemia como argumento forte para avançar nesses ataques, tendo toda a máquina estatal pra concretizar esses planos, como foi a votação no STF que com seis votos suspendeu a manutenção do acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios.

A diretoria da empresa, que é comandada pelo General Floriano Peixoto, Presidente dos Correios e militar da reserva, vem se utilizando também da dificuldade de mobilização que a pandemia impõe para buscar uma via de ataques com menor resistência. Mas, os trabalhadores dos correios demonstram que lutarão contra esses ataques, sendo extremamente importante agora toda solidariedade à sua greve.

Veja aqui: Greve nos Correios: 6 motivos pelos quais você deve apoiar a luta dos trabalhadores.

As direções das empresas como o Metrô de São Paulo e a CPTM, assim como fazem em Correios, escondem por trás do argumento de “queda de arrecadação” a verdadeira motivação dos ataques que é passar ataques há muito tempo declarados contra a classe trabalhadora, retirando direitos, atacando acordos coletivos. É clara a semelhança quando vemos que os argumentos são os mesmos: garantir exclusivamente o que prevê a CLT para supostamente salvar empregos, e ao mesmo tempo fazem uma propaganda com dados mentirosos sobre os salários dos trabalhadores dos Correios para tentar convencer a população que estes fazem parte de uma categoria privilegiada com muitos direitos. O que escondem de todos são os altos salários das cúpulas dessas empresas que no caso do Metrô de SP excedem o salário do próprio governador e por esse motivo não recebe subsídio algum do estado. No caso dos Correios, garante um ganho anual de mais de 1 milhão de reais ao presidente militar da companhia, General Peixoto.

Nós, diretores de base do sindicato dos metroviários pela Chapa 4 Nossa Classe, vemos que parte fundamental de defender o direito de todos os trabalhadores é cercar com toda solidariedade os trabalhadores dos Correios nesse momento de luta, pois quando atacam uma categoria, os capitalistas e os governos saem fortalecidos para seguir atacando as demais.

Para demonstrar o apoio dos metroviários à greve dos trabalhadores dos Correios, aprovamos na diretoria do sindicato uma campanha de fotos com cartazes declarando apoio da categoria a essa importante greve.

Veja aqui: Campanha de fotos do Nossa Classe Metroviários - Solidariedade dos metroviários à greve dos trabalhadores dos Correios.

Se há um tema que unifica Bolsonaro, o Congresso, governadores e os poderes sem voto como os militares e o STF, é o ataque aos trabalhadores e também as privatizações, um pacote que segue a cartilha de décadas de desmonte das empresas públicas para depois vende-las a preço de banana para grandes monopólios imperialistas. Para esses objetivos é fundamental para os capitalistas que os trabalhadores lutem separados, pois sabem que se a classe se unifica, acumulam uma força imparável que aí sim pode de fato comprometer seus planos de ataque.

Por isso, para além da solidariedade a essa importante greve, é fundamental que os trabalhadores do país se unifiquem em um movimento comum, coordenado, que coloque lado a lado efetivos, terceirizados, precarizados e desempregados, defendendo as demandas mais sentidas pela classe trabalhadora de conjunto. É com esse objetivo que defendemos desde nossa bancada no sindicato dos metroviários que a categoria pudessevotar medidas de solidariedade ativa às diversas categorias sob ataques e assim sinalizar a intenção dos metroviários de se unificar com nosso irmãos de classe. Iniciativa que infelizmente foi barrada pelas demais forças políticas da diretoria desde a CTB e a CUT, passando por correntes do PSOL e o próprio PSTU.

Nesse sentido que mantemos exigindo que as principais centrais sindicais do país como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e o PCdoB respectivamente, que inclusive são ala majoritária do sindicato dos metroviários e dirigem também o sindicato dos trabalhadores dos Correios em SP, rompam com sua política de negociação e unifiquem em luta as dezenas de milhares de trabalhadores e categorias que dirigem pelo país para cercar de solidariedade essa importante greve. Assim como fazemos também um chamado às centrais sindicais da esquerda como CSP-Conlutas dirigida pelo PSTU e a Intersindical dirigida por correntes do PSOL para que, a partir do exemplo que pode significar a unificação de suas próprias bases em apoio aos trabalhadores dos Correios, possam exercem influência nas bases das grandes centrais sindicais para que esses trabalhadores pressionem suas direções a saírem da quarentena para fazerem o seu trabalho.

Seguimos no metrô de São Paulo essa importante batalha por unificar todos os explorados do país, que tem hoje como parte fundamental o apoio ativo dos metroviários à greve dos trabalhadores dos Correios em torno de um programa de independência de classe que ataque os altos salários, derrote a retirada de direitos e as privatizações, e possa fazer de cada luta um estopim para uma grande luta nacional dos trabalhadores contra os golpistas, o governo Bolsonaro e Mourão e a direita, para que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmo criaram.

 
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