Nesta semana o Hospital de Heliópolis disponibilizou testes gratuitos a todos os seus trabalhadores, estes terceirizados foram os únicos que não puderam ter acesso aos testes.
Isto ocorreu, pois segundo a representante da empresa: “Se um pegar, ok. Mas se 10 testarem positivo, eu faço o quê? Não tem gente para repor”. Ou seja, para a empresa é melhor que os terceirizados continuem trabalhando, mesmo que infectados, colocando a si mesmos, suas famílias e todos no hospital em risco, pois “não tem gente para repor”. O Brasil já está na marca dos 111 mil mortos e quase 3,5 milhões de infectados, mas para Apetece isto parece não significar nada.
Esta empresa já se envolveu anteriormente em escândalos como esse. Em 2017, servidores públicos de São Caetano (SP) reclamaram que larvas foram encontradas na alimentação servida pela Apetece. Também em 2017, a empresa se envolveu em um esquema de superfaturamento na venda de merendas para a Prefeitura de Campinas. Na ocasião, a Apetece teria realizado cotações até 93% mais caras do que as encontradas no mercado.
Além de denúncias mais antigas, como a feita pelo ex-vice-presidente da Transbraçal Arnaldo Rodrigues dos Santos, em 1999, que denunciou ao MP que a Prefeitura de São Paulo beneficiou a empresa em contratos de licitação com superfaturamento de preços e outras irregularidades. O que exibe mais uma vez como a prioridade da direita é beneficiar somente o lucro dos grandes empresários, mesmo que isso seja em detrimento da vida dos trabalhadores e de suas famílias. Garantir a exploração é a prioridade para lucrar é o central para eles.
A Apetece é uma das empresas que explora ao máximo a mão de obra de seus trabalhadores que é beneficiada pelo Governo. A política e Bolsonaro e Guedes, de proteger as patronais, negar testes e EPIs e banalizar as mortes, incentiva com que empresas como esta, continuem existindo e lucrando cada vez mais, ao passo que aprofunda o processo de terceirização que degrada as condições de vida e trabalho dos trabalhadores. Nesse sentido, é fundamental levantar a efetivação de todos os trabalhadores terceirizados sem necessidade de concurso público, para que eles tenham acesso a melhores condições de trabalho, no marco de já atuarem na área.
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