Mais uma ex-esposa de Jair Bolsonaro é envolvida em compra de apartamentos com dinheiro vivo. A vez é de Rogéria, mãe do senador Flávio Bolsonaro. Ela teria comprado um apartamento da Zona Norte do Rio de Janeiro, em 1996, com R$ 95 mil em espécie (hoje o valor corrigido atinge R$ 621,5 mil).

O caso é mais uma mostra do destino do dinheiro dos esquemas de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, orquestrado por Fabrício Queiroz. Segundo informações do jornal O Globo, A escritura pública do 21º Ofício de Notas do Rio, registrou que o pagamento ocorreu em dinheiro vivo, e foi “integralmente recebido” no ato de produção do documento de venda.

Quando comprou o apartamento ela ainda era casada com Jair Bolsonaro. Se separaram somente entre 1997 e 1998.

As rachadinhas de Flávio Bolsonaro e Queiroz escoaram altos montantes de dinheiro, que como mostramos aqui, poderiam pagar o equivalente a 3.300 auxílios emergenciais.

Enquanto vivemos esse momento de “trégua” entre Bolsonaro e os outros poderes institucionais, em nome de fazer avançar os ataques econômicos no Congresso, as revelações de mais profundidade nos esquemas de desvio de verbas da família Bolsonaro ficam quase em segundo plano para os mesmos atores institucionais que até outro dia faziam grande alarde contra Bolsonaro.

Mostram que podem até se dizer opositores à Bolsonaro - STF e companhia - mas em nome dos projetos de ajustes, estendem sua “trégua” e poupam o presidente e seus filhos de ataques.

A corrupção que a cada dia se desdobram mais novas informações sobre a famílai Bolsonaro, é inerente ao sistema capitalista. Bolsonaro, os militares, e o seu adorado Centrão, todos tem mãos e pernas enfiados na lama de esquemas diversos de desvio de verbas.

As outras instituições, o MP, e o judiciário, colocam suas cabeças para fora de acordo com a conveniência política de cada momento, em ser mais ou menos ofensivo em investigações e julgamentos. Isso tudo em nome dos interesses econômicos, e a necessidade de atender os anseios das classes dominantes

Se enfrentar com Bolsonaro e seu governo recheado de militares não pode vir por um meio que deposite confiança nesses atores institucionais que hoje fazem “vista grossa” à Bolsonaro em nome de ataques econômicos como suas novas reformas - como é o caso de Congresso e de STF.

Precisamos confiar em nossas próprias forças, da classe trabalhadora, para se enfrentar contra esse governo assassino e negacionista nas ruas e nos locais de trabalho.