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MARANHÃO
Assim como Doria, Flavio Dino quer expor alunos ao vírus com volta às aulas no Maranhão
Redação

Em quarta vez que remarca a volta às aulas, Flávio Dino, tal como João Dória, se mostra sem rumos e aposta na exposição dos alunos do 3° ano do Ensino Médio como teste cobaia do retorno à escola já no próximo dia 10 de agosto.

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Em quarta vez que remarca a volta às aulas, Flávio Dino, tal como João Dória, se mostra sem rumos e aposta na exposição dos alunos do 3° ano do Ensino Médio como teste cobaia do retorno à escola já no próximo dia 10 de agosto. As tentativas anteriores apontavam para o dia 15 de junho, e posteriormente 1° de julho e por último 1° de agosto.

É uma decisão brutal que o governo do PCdoB tomou no Maranhão, enquanto a pandemia se alastrou no Estado chegando mais de 111 mil casos e quase 3 mil mortes. Flávio Dino, PCdoB que faz parte da oposição ao Bolsonaro seguiu a mesma política de volta a normalidade nos primeiros meses com a pandemia permitindo uma reabertura econômica enquanto os leitos de UTI na capital São Luis chegavam a 100% de ocupação. A reabertura de escolas segue essa mesma política que deixa a vida da classe trabalhadora (e de seus filhos) a merce de ser sucumbida pelo coronavírus.

Além desta lastimável política de teste cobaia que Dino quer conduzir, as aulas serão parte presencial e parte à distância. Ou seja, um plano de ensino totalmente precário que, se depender da eficácia das políticas pelas quais Dino geriu a crise no Maranhão, será somente mais um fator para colocar os estudantes em risco do que lhes ajudar na aprendizagem.

Dino comprovou que sua política de retorno às aulas deriva às escuras e inclusive beira o mesmo absurdo que João Dória com sua política de volta às aulas proposta para 8 de setembro, com o argumento do secretário da Educação de SP, projetando, com base em um estudo feito por um matemático da FGV, “somente” 1.557 mortes de crianças no Brasil. Em comparação, porém, um estudo realizado pelo diretor do Instituto Butantan, a partir do Centro de Contingência do próprio governo, prevê mais de 17 mil mortes de crianças no Brasil caso a volta às aulas ocorra segundo os planos de Dória, um total absurdo e desprezo com as vidas.

Não esqueçamos que Dino segue querendo manter alianças com a direita golpista como o Doria, Luciano Huck e Rodrigo Maia. Além de já ter apoiado que Mourão assumisse a presidência até 2022, em um apoio ultra a direita de um vice presidente reacionário e defensor da Ditadura. Mas também elogiouBolsonaro quando se tratava de plano para atacar os trabalhadores na qual foi discutido em reunião com os governadores. Fora isso Dino busca uma série de lideranças na intenção de criar um partido amplíssimo que ele mesmo chama, demagogicamente, de “MDB de esquerda”. Tão amplíssimo que vai do PSB até o Marcelo Freixo do PSOL. Um partido que terá tudo, menos independência de classe.

Muito longe da demagogia de Dino e das ilusões do PSOL, a construção de uma alternativa de esquerda que esteja verdadeiramente à altura de derrotar Bolsonaro, Mourão e os militares não pode ser construída a partir de fortalecer "frentes amplas" que dão as mãos com setores completamente sujos e apodrecidos deste regime político. Essas alianças não somente não vão dar em nada. Elas vão levar diretamente ao fortalecimento de uma nova direita no Brasil. É isso o que querem essas alternativas: enfraquecer Bolsonaro, mas não para favorecer interesses dos trabalhadores, e sim fortalecer um novo balaio de gato com interesses mais inescrupulosos e anti-operários que se possa imaginar.

Para derrotar a extrema-direita, é preciso construir o Fora Bolsonaro e Mourão, batalhando não apenas contra os principais atores do Palácio do Planalto, mas questionando de conjunto esse regime completamente apodrecido que degrada as vidas dos trabalhadores a da população. É preciso questioná-lo com uma luta real, que coloque a necessidade de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana. Mais uma vez, as apostas desses partidos é esperar quatro anos para trocar os jogadores, basta! Não podemos mais seguir perdendo vidas! Somente mudando radicalmente as regras do jogo é que poderemos delinear um horizonte no qual não estejamos fadados a pagar pelos custos da crise capitalista. Somente com uma Assembleia Constituinte é que poderemos de fato ditar os rumos do país sob a perspectiva da nossa classe.

 
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