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CORONAVÍRUS NO RS
Em Porto Alegre de Marchezan, leitos de UTI chegam a 84% de ocupação e beiram o colapso
Redação Rio Grande do Sul

Número de casos graves de coronavírus aumenta drasticamente em Porto Alegre passando para 84% das UTIs ocupadas, as periferias sofrem mais, Restinga e Independência estão com 100% dos leitos de UTI ocupados. Leite e Marchezan são os responsáveis.

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As políticas de combate ao novo coronavírus são mero discurso e pura demagogia do governador Eduardo Leite (PSDB) e do prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan (PSDB). A política concreta é para defender os interesses e os lucros dos empresários. Não há testes massivos para isolar racionalmente os infectados, não há uma renda básica para permitir que as pessoas possam ficar em casa, faltam profissionais da saúde e equipamentos básicos para o atendimento. Profissionais do Hospital Conceição protestaram nessa segunda-feira (6) por testagem em massa e EPIs.

A política das bandeiras do “distanciamento controlado” de Leite e os decretos de Marchezan são ineficientes e o vírus se alastra, quem mais sofre e morre é a população pobre das periferias. De 137 internações em UTIs na semana passada foram registradas 195 nessa terça-feira (7).

Para piorar ainda mais o cenário dos trabalhadores Marchezan cortou o vale transporte (TRI) dos trabalhadores considerados não essenciais, a partir dessa quinta-feira esses trabalhadores terão que pagar a tarifa em dinheiro pois os patrões dificilmente irão liberá-los. Sem contar que por desatualização cadastral mesmo os trabalhadores essenciais, como os da saúde, poderão ser afetados (mais detalhes aqui). Esse tipo de decreto se justifica, no discurso de Marchezan, com o menor fluxo de pessoas nos ônibus. Mas só mostra como o prefeito está afastado da vida real das pessoas que precisam trabalhar para não passar fome.

Essas são as respostas que a burguesia através dos seus políticos conseguem dar a uma pandemia, irracionalidade e colapso no sistema de saúde na ânsia de defender com todas as forças seus lucros. Somente a classe trabalhadora pode dar uma resposta diferente dessa e eficaz para defender o que há de mais valor que é a vida. É preciso se auto organizar por local de trabalho e tomar nas próprias mãos das fábricas e bancos aos hospitais. Elevar pela unidade da classe trabalhadora um programa que confisque os bens dos grandes sonegadores gaúchos (5,5 bilhões sonegados só esse ano), que taxe grandes fortunas, que retome recursos como o FUNDOPEM que em meio à pandemia destinou 2,4 bilhões a grandes empresários sem justificativa e prestação de conta.

Frente ao avanço do coronavírus, a solução mais urgente não é impedir a população a andar no transporte público, e sim ter testes massivos, para que toda a população possa ser testada e saber quem está infectado para serem isolados de forma racional e recebem o tratamento adequado. Assim como é necessário o fechamento de todos os serviços não essenciais com a proibição das demissões e que os trabalhadores recebam uma renda básica de R$ 2000,00. Também é necessário que as indústrias sejam reconvertidas para combater a pandemia, produzindo respiradores e demais materiais que sejam usado para prevenção e entre outros. E frente ao risco de colapso dos leitos de UTI na rede pública é necessário a estatização dos leitos privados para que toda a população e os setores mais pobres não sigam morrendo.

Nossa classe, que produz todas as riquezas, está pagando a conta da crise capitalista e, da pior forma possível, com a vida. Chega de morrer para pagar essa conta, nossas vidas valem mais do que os lucros deles!

 
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