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SAÚDE
Precarização da saúde - Ibaneis segue atacando a saúde em plena pandemia
Rosa Linh
Estudante de Ciências Sociais na UnB
Estrela - Comitê DF/GO
Comitê Esquerda Diário do Cerrado
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Com ataques cada vez mais profundos aos trabalhadores, Ibaneis segue sua política de precarização da saúde, mesmo durante uma pandemia que matou mais de 600 pessoas e tem mais de 50 mil infectados só no DF – fora a clara subnotificação e a falta de testes massivos. Ontem, 1/7, tivemos ao lado da paralisação dos entregadores de aplicativos uma manifestação da categoria de enfermeiras – em sua maioria mulheres e negras. Suzana Brito, uma das presentes no ato, denuncia a preferência do GDF de seguir contratando profissionais da saúde “temporários”, em vez de nomear as mais de 154 trabalhadoras concursadas e habilitadas, prontas para fortalecer o nosso sistema de saúde a beira do colapso.

Falando um pouco sobre sua categoria, Suzana denuncia a demagogia do GDF, revelando que não são 100% dos leitos do DF que estão ocupados, como afirma o governo e a golpista Rede Globo. A verdade, contudo, escancara a negligência desse sistema, alimentado pelo suor e sangue dessas trabalhadoras da linha de frente ao combate e prevenção à pandemia. Apenas 65,59% dos leitos da rede pública no DF estão ocupados. E o mais bizarro: 27% dos leitos estão bloqueados por falta de profissionais de saúde. Fora que, a poucas semanas, Ibaneis começou a copiar seu amigo Bolsonaro no ocultamento dos dados de ocupação em UTIs.

Não há justificativa plausível para o GDF bloquear os leitos. Há profissionais da saúde concursados e aprovados desde 2018 que lutam pela sua própria nomeação. Essas trabalhadoras precisam de emprego e renda. A única razão do GDF para ir contra isso é, claro, a proteção mesquinha dos lucros dos grandes monopólios de saúde privado – considerando que o próprio Ibaneis já vendeu leitos ao setor privado nessa pandemia. Mais uma vez, a categorias das enfermeiras demonstra a força da classe trabalhadora, disposta a dar sua vida pela vida dos outros.

As contratações temporárias são uma forma de precarização do trabalho – na qual nem emprego, nem renda estão garantidos para o trabalhador, apenas a exploração desse trabalho pelo patrão. As medidas de aprofundamento da exploração trabalhista vêm acontecendo desde os últimos governos do PT, sendo extremamente aprofundadas por Temer e depois por Bolsonaro e os militares. Esse é um fenômeno mundial do capitalismo neoliberal racista, o mesmo que escraviza pais de família, enquanto chama de empreendedor o trabalhador que pedala em média 10 horas por dia para garantir uma renda mínima, em sua maioria negros e jovens antes desempregados, em bikes ou motos.

A vista disso, a aliança das diferentes categorias da classe trabalhadora é o único caminho pelo qual podemos vencer esses ataques! Nesse sentido, é fundamental a contratação imediata dessas trabalhadoras, sem nenhuma redução de direitos e garantindo equipamentos de proteção individual e testes para um trabalho altamente expositivo na pandemia. Pela formação de conselhos de base e que os sindicatos estejam nas mãos dos trabalhadores – que elas e eles decidam e façam do sindicato um instrumento da luta da classe trabalhadora de conjunto!

O Esquerda Diário se solidariza com as enfermeiras em luta! Emprego para todas e todos já! Nossas vidas valem mais que o lucro deles!

 
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