www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
METRÔ
Cúpula do Metrô de SP quer atacar os trabalhadores enquanto mantêm seus supersalários
Redação

Os salários de 406 altos funcionários do Metrô com rendimentos acima do teto do governador consomem 15% da folha de pagamento da empresa, o equivalente a 4.000 trabalhadores (metade de todos os funcionários do Metrô) recebendo o piso salarial de um agente de estação.

Ver online

Fonte da foto: Valor Econômico

Em uma rápida pesquisa pelo "portal transparência", podemos verificar esse verdadeiro abismo salarial entre gerentes, cargos de confiança, chefes de departamento e um metroviário no começo da carreira. São 406 funcionários do alto escalão da empresa que abocanham 15% do total da folha de pagamento, o equivalente a mais de 4.000 trabalhadores (metade de todos os funcionários do Metrô) recebendo o piso salarial de um agente de estação (OTM I, R$2.296,13). Isso enquanto o metrô tem uma demanda enorme para novas contratações devido à baixa de quadros ao longo do tempo e agora com os afastamentos decorrentes da crise do COVID-19.

Essa discrepância deve-se ainda ao fato desses empregados receberem inclusive a mais que o próprio governador do Estado, João Dória, que por lei estadual recebe R$23.048,59. Estão legalmente amparados para não respeitar o teto salarial do governador, pois a empresa não recebe subsídios do Estado, enquanto as privatizadas – linha 4 amarela e 5 lilás - por força de contrato - receberam mais de 200 milhões somente em 2019.

É para manter essa situação que Dória e o Metrô estão cortando direitos dos trabalhadores, como o plano de saúde e o adicional de risco de vida, além de benefícios como auxílio complementar e estabilidade em caso de doença, entre vários outros. Justamente durante uma crise sanitária, onde os metroviários estão na linha de frente, todas e todos estão trabalhando sob risco durante essa pandemia, com colegas em serviço morrendo de Covid-19, já tendo cerca de 300 afastamentos de metroviários por contaminação ou suspeita, e tendo inclusive os trabalhadores idosos convocados de volta ao trabalho presencial, no momento em que a contaminação, as mortes e a ocupação de leitos batem recordes.

Veja aqui: Metroviários aprovam greve em 01/07 contra ataques de Dória e junto com os entregadores de APP.

Dória e outros políticos, como o ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, adoram atacar os servidores públicos, com calúnias de que são "privilegiados", e não contam que somente uma ínfima parcela ganha super salários e possui privilégios enormes. A defesa do direito dos metroviários não se restringe apenas a categoria metroviária. Este duro ataque pode abrir a porta para retirada de direitos de todas as categorias dos servidores públicos. Dória claramente está encarando este ataque aos trabalhadores do Metrô como um balão de ensaio para mostrar para a burguesia que ele é uma ótima opção para administrar seus negócios e precisamos mostrar que o caminho para enfrentar os capitalistas e seus governos de turno é a nossa luta organizada.

Lutemos ao lado dos metroviários e entregadores de aplicativos que farão uma paralisação no dia 01/07, contra qualquer retirada de direito dos que estão na linha de frente e para que todos os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho de um metroviário.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui