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POLÍTICA
Bolsonaro aumenta vencimentos de militares do alto escalão enquanto ameaça reduzir auxílio
Redação
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Enquanto milhares de trabalhadores são demitidos, suspensos ou vêem seus salários sendo cortados, o alto escalão do exército terá aumento em seu salário. A partir de julho, os oficiais militares verão seu soldo aumentar em até R$ 1.600 devido a um benefício concedido pelo governo de Bolsonaro. Isso mesmo, no meio de uma das maiores crises econômicas da história e de uma pandemia que já matou mais de 50 mil pessoas, a prioridade de Bolsonaro é conceder benefícios a quem recebe R$ 50 mil por mês.

Mas a aliança de Bolsonaro com as Forças Armadas nunca foi segredo a ninguém. Basta ver seu governo, um antro repleto de militares, a começar pelo seu vice Mourão. Somente em 2 anos de mandato, Bolsonaro já empregou mais de 2 mil militares no governo. Agora, em uma jogada para fortalecer sua base de apoio no alto escalão, Bolsonaro concede aumento no “adicional de habilitação”, que é o valor recebido pelos militares que fazem os Cursos de Altos Estudos Militares (CAEM).

Esse aumento irá beneficiar principalmente o alto escalão do exército. Até então, o valor do adicional era de R$ 4.000. Com o ajuste, um general de quatro estrelas poderá passar a receber um adicional de até R$ 13.400 ao mês. E esse valor se refere somente ao soldo recebido pelos oficiais por participar de cursos, fora todos os demais adicionais e salários que chegam nas dezenas de milhares facilmente. De fato, parece uma piada com os trabalhadores e a população brasileira falar nesses altos salários enquanto nem mesmo o auxílio emergencial de R$ 600 chegou para todos solicitantes e já está sendo ameaçado de redução por Bolsonaro.

Bolsonaro oferece esse reajuste aos Oficiais das Forças Armadas em meio a uma crise de seu governo, na tentativa de fortalecer o apoio vindo do alto escalão e melhor se localizar na disputa com o STF. É importante vermos que nessa disputa entre o Executivo e o Judiciário não há espaço para os trabalhadores e o povo oprimido de nosso país. Se agora estão em disputa o fazem em nome de seus próprios interesses e sempre atentos às demandas dos grandes empresários. Quando o assunto é descarregar a crise nas costas dos trabalhadores há muito mais acordo entre essas duas alas do regime, como vimos com a aprovação da reforma da previdência e da EC do Teto de Gastos.

Por isso, é essencial uma política independente vinda da classe trabalhadora para barrar todo os ataques desse governo nefasto de Bolsonaro e Mourão, sem depositar nenhuma confiança no STF e no Congresso anti-trabalhador. Um exemplo de luta independente vemos hoje nos entregadores de app se organizando para paralisar internacionalmente no dia primeiro de julho, nos metroviários que aprovaram indicativo de greve contra todos os ataques do governo de Dória e também no dia primeiro de julho, apoiando a luta dos entregadores. Nesse dia 01/07 é preciso todo apoio dos inúmeros setores da classe trabalhadora e da juventude para ampliar a luta pelas demandas dos trabalhadores e barrar os ataques.

 
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