Imagem: Adriano Machado/Reuters
Recentemente o Esquerda Diário publicou uma denúncia do escândalo por parte da direção da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais em obrigar os seus trabalhadores que apresentam quadros suspeitos e confirmados de COVID a continuarem trabalhando, mas a negligência e total descaso com as vidas dos com os trabalhadores da saúde se reflete em outras medidas, dessa vez por parte da direção do Hospital Júlia Kubitscheck, também da rede FHEMIG.
Um/a trabalhador/a nos contou que no hospital são orientados a mesma máscara N95 por pelo menos três dias consecutivos, obrigando os trabalhadores a levarem as máscaras de proteção sujas e contaminadas para casa. "Isso expõe até os pacientes. Se uso num plantão, no outro dia já estou em contato com outros pacientes" - contou a/o profissional que prefere não se identificar. Tal determinação ignora as orientações de segurança da própria OMS que enfatiza a necessidade da troca das máscaras continuamente, seja pela exposição à umidade, sujeira e danos, sobretudo antes do atendimento a pacientes. E reforça “As máscaras não devem ser compartilhadas entre os trabalhadores da saúde, e devem ser corretamente descartadas após a remoção, e não reutilizadas” (FONTE).
A diretoria da FHEMIG com suas determinações arbitrárias e o governador Romeu Zema com seu completo descaso negacionista em não destinar verba suficiente para a saúde, coloca em risco não apenas os trabalhadores e a suas famílias, mas também os pacientes que ficam expostos ao contágio. Nos unimos aos trabalhadores exigindo melhores condições de trabalho, para que nenhum e nenhuma morra pela ganância capitalista. É preciso impor pela luta a garantia de equipamentos de segurança, liberação dos trabalhadores que compõem o grupo de risco, para além daqueles que apresentam casos suspeitos e confirmados de COVID. Defendemos ainda que o controle de todo o sistema de saúde se dê pelos próprios trabalhadores com a estatização sem indenização do sistema privado.
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