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MINAS GERAIS
Reaberturas e subnotificação fazem subir em 30% as mortes em MG: Zema é responsável!
Redação

A reabertura do comércio em Minas Gerais, somada a consciente subnotificação do Governo Romeu Zema trazem como consequência uma nova alta dos casos e mortes em MG. 30% a mais de mortes e 45% a mais de casos em 10 dias. Os leitos de UTI também esgotaram em quase todo o estado. Em 154 cidades já não há mais leitos.

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A tempos que viemos noticiando no Esquerda Diário a política consciente de subnotificação de diversos governadores estaduais. Romeu Zema é um desses. Em abril ele próprio disse que a “Subnotificação existe, mas não me preocupa”. Somando-se a isso, a reabertura dos comércios e a pressão dos empresários para acelerar este processo, sem a garantia das condições de segurança para o aumento de circulação de pessoas, levou a uma alta bastante considerável em MG nos últimos 10 dias.

Minas chegou nesta segunda-feira (15) à marca de 21.728 infectados e 481 mortes pela COVID-19. Há dez dias era 14.939 contaminados e 368 óbitos. Uma alta de 30% nas mortes e 45% nos contaminados, mostrando os resultados de uma reabertura sem consequência com a vida da população e a garantia de condições necessárias.

Isso ainda apenas analisando os dados em que houve testagem. Ao redor do país já virou praxe dos governos assistir com normalidade ver subir o número de mortos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Dos 8.099 doentes por SRAG em 2020, somente 3.139 (38,7%) foram testados para a COVID-19. Entre 1.088 mortes pela mesma causa, somente 307 (28,2%) foram testados.

O problema gerado pela reabertura e a falta de testes, evidentemente, acabou atingindo as capacidades de leitos de UTI do SUS também. São 154 as cidades do estado que já tem ocupação máxima nos leitos de UTI. Belo Horizonte chegou alerta um alerta vermelho sobre as ocupações de leitos de UTI na capital.

Os casos subiram na capital, mas subiram também em Uberlândia, Ipatinga, e outras cidades para o interior do estado.

Frente a este cenário de retomada da alta dos números da COVID é preciso reforçar a necessidade de se acabar com a subnotificação tocada a frente por Romeu Zema e por prefeitos da capital e das cidades do interior. Testes massivos são a forma de conseguir um controle e um mapeamento consciente do vírus para evitar colapsos no sistema de saúde.

Mas para além disso é necessário garantir as condições para que a população possa ficar em quarentena sem perder seus empregos, sem cortes de salário, e sem que o governo do estado e as prefeituras cedam à pressão do empresariado por reaberturas inconsequentes. Isso passa pela garantia pelos governos de um salário emergencial, baseado na média do salário brasileiro, de R$ 2.000 reais por mês, como forma de sustentar com o mínimo de dignidade a uma família em meio a este cenário de crise.

Não podemos aceitar que os governos conscientemente decidam manter uma subnotificação assassina, e muito menos que operem uma reabertura sem garantias e condições de segurança, fazendo crescer o número de mortos. Nossas vidas valem mais do que os lucros deles!

 
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