Na manhã desta quarta-feira (03/06), funcionários de hospitais federais do Rio, linha de frente do combate ao coronavírus, vem dando mais um exemplo de luta de classes a ser seguido, fizeram uma manifestação na porta do Hospital Federal dos Servidores, na Saúde, onde houve maior número de demissões. O contrato de cerca de quatro mil funcionários temporários terminou no dia 31 de maio. Uma medida provisória foi publicada permitindo a prorrogação dos contratos até 30 de novembro mas apesar da decisão, 400 funcionários ainda foram demitidos.
As demissões são de trabalhadores da linha de frente do combate ao COVID-19, que mesmo em condições precárias de trabalho ainda se colocavam em risco diariamente sob cargas de trabalho extenuantes que especialmente nesse período debilita ainda mais o profissional. Além disso, sofrem com o medo de expor seus familiares à contaminação diariamente quando retornam para suas casas mas que ainda sim são esses profissionais que estão dando atendimento e apoio à população nesse momento.
Em meio ao cenário que vivemos, essas demissões significam 400 famílias que não podem mais contar com o salário na crise, que em muitos casos é o único que vinha sustentando suas casas, já que tiveram outras diversas demissões de diversos setores até o momento.
O Ministério da Saúde abriu processo seletivo na segundo quinzena de maio que pretende preencher 4.117 vagas em hospitais federais no Rio de Janeiro. A demissão efetivada mesmo com uma medida legal para não ocorrer, não é um fato isolado. Nesse momento deveriam ter novas contratações para suprir um déficit de trabalhadores da saúde que já existia antes mesmo da chegada da pandemia; diferente disso, os profissionais que já integram o corpo da saúde estão sendo demitidos e outro processo seletivo temporário é aberto, com um modelo de contratação que precariza ainda mais os serviços e a condição de vida desses trabalhadores que ficam regidos por um contrato que diminui drasticamente seus direitos.
Essa é uma demonstração evidente de uma das diversas medidas que o poder público faz para reduzir o poder da classe trabalhadora, achatando seus direitos e piorando as condições de serviço.
Enquanto os governos menosprezam as vidas desses profissionais e da população, os trabalhadores dão exemplo de luta a ser seguido, importante passo para avançarmos na combate contra esse sistema que põe o lucro para poucos a frente da vida de muitos.
Nós do Esquerda Diário e do MRT apoiamos a mobilização dos profissionais da saúde! Nossas vidas valem mais que lucros deles!
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