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CRISE E DEMISSÕES EM MASSA NA AVIAÇÃO
Ameaça de demissão em massa na Aviação: onde estão os sindicatos?
Joana Garibaldi - Trabalhadora aeroviária de São Paulo

O Esquerda Diário, como parte integrante das lutas dos trabalhadores, cede espaço para artigo de uma trabalhadora aeroviária que relata as dificuldades do processo de defesa do emprego frente a ameça de demissões em massa no setor e o abandono dos sindicatos da categoria.

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"A aviação comercial é a parte da aviação civil que envolve operação de uma aeronave para o serviço de transporte de passageiros e carga. Teve início em 1914, nos Estados Unidos e no Brasil em 1927. Muitos anos depois, em 1940, começaram a surgir as organizações sindicais no setor aéreo. Estes representados por classes distintas de trabalhadores.

Aeronautas: profissional habilitado por autoridade aeronáutica que exerce atividade a bordo de uma aeronave em voo. Representados desde 1947 pelo SNA (Sindicato Nacional Aeronautas).

Aeroviários: exerce funções em empresas de transporte aéreo. Representados pelo SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários, fundado em 25 de agosto de 1944, é a maior entidade da categoria no Brasil, sendo responsável pela representação dos aeroportos em 22 estados do país;

Aeroportuários: realizam serviços terrestres em aeródromos, helipontos e heliportos, empresas administradoras de aeroportos, públicas ou privadas, concessionárias ou empresas contratadas ou subcontratadas para atuar no sistema aeroportuário.

As lutas dos trabalhadores e de seus sindicatos trouxeram muitas conquistas ao longo dos anos. , e a maioria algumas delas estão expressas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), renovada ano-a-ano, que garante reajustes nos itens econômicos e melhorias nos direitos sociais para a categoria. Em 2005, os aeroviários de Guarulhos integraram um movimento nacional pela reestruturação do setor aéreo, em meio à crise das companhias Varig e Vasp. As manifestações, coordenadas pelos sindicatos de cada estado, foram realizadas nas principais capitais do País e no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. O objetivo era apresentar ao governo federal propostas de mudanças nas políticas para o setor, a fim de evitar o fim das operações das companhias, consequentemente as demissões.

Com as mudanças do ambiente político no país, houve uma desestruturação das entidades sindicais, de maneira muito bem arquitetada, a fim de enfraquecer a classe e dar ainda mais poder aos empresários sobre o empregado. Os trabalhadores são pressionados pelo sistema a serem eles mesmos a sua própria representação, pela manutenção dos seus empregos, contra as medidas autoritárias impostas diariamente. No entanto, as associações, e sindicatos, dos setores públicos e privados tem um papel fundamental, pois foram formados por trabalhadores, para trabalhadores e não deveriam ter outra finalidade se não lutar contra a exploração, abusos, a favor e junto com o trabalhador. Os sindicatos deveriam estar nas mãos dos próprios trabalhadores, para garantir condições dignas de trabalho, pela integridade e garantia de direitos.

Representantes sindicais não somente da aviação civil, mas de todas as categorias de profissionais, queremos lembrá-los que o trabalhador sempre foram e sempre serão a peça mais importante, são eles que com sua força de trabalho geram riqueza para o país e por meio deles que vocês estão à frente dos sindicatos, desfrutam de regalias, inclusive protegidos por lei. Empresários, o trabalhador que levanta sua empresa, enfrentam condições precárias diariamente para manter seu negócio funcionando, aumentam suas fortunas, eles não são custos, não são máquinas, são vidas. Minimamente recompensados, cada dia mais desvalorizados, enquanto a gestão pública da subsídios para as empresas (com nosso próprio dinheiro), enquanto para nós é dada a conta, demissões, terceirizações, corte de salários, sobrecarga de funções.

Trabalhador, tenha consciência do seu valor! Não desista da luta, juntos podemos fazer a diferença, como sempre fizemos. Não aceite condições precárias de trabalho, muitas vezes um regime de escravidão. Não se calem, denunciem, cobrem, e apoiem uns aos outros, como sempre foram as lutas para todas as conquistas que tivemos na história, feitas por outros trabalhadores como você, cansados da opressão e desigualdades."

 
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