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Trump apaga a luz da Casa Branca e se esconde em bunker, com medo da revolta negra nos EUA
Redação
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Acovardado com as manifestações que tomaram dezenas de cidades dos EUA após o brutal assassinato de George Floyd pela polícia racista, o presidente norte-americano se escondeu por cerca de 1h no bunker da Casa Branca na noite da última sexta-feira, 29. Uma expressão simbólica do medo que a rebelião negra provocou à principal potencia imperialista do mundo, que chacoalhou a sua “onipotência” racista e xenofóbica.

As luzes da Casa Branca foram apagadas pelo Serviço Secreto, responsável pela segurança presidencial e que reprimia os manifestantes que tentavam romper as barreiras de metal que cercavam o palácio presidencial.

Em tweet, Donald Trump sugeriu que cachorros e armas estavam preparados atrás das barreiras, aludindo novamente que a repressão assassinasse os manifestantes, depois de já já ter dito que “quando começarem os saques, começam os tiros”. Pelo menos 2 manifestantes já foram mortos durante os protestos.

Trump também tweetou nesse fim de semana que passaria a considerar antifascistas como terroristas em seu território. Uma tentativa de intimidar os revoltosos, que furiosamente atacam delegacias de polícia, destroem carros da polícia, e depredam símbolos do capitalismo e imperialismo norte-americano, como a Trump Tower e a loja Target. Uma fúria negra contra o seu Estado racista e imperialista, enquanto Trump segue se apoiando na base social supremacista branca que defende o assassinato policial da população negra norte-americana.

Já são 25 cidades e 16 estados que decretaram toque de recolher nos EUA. Mas a rebelião negra não parece se intimidar e escala sua revolta a cada dia, chegando a expressões de solidariedade também em outros países, como as manifestações que ocorreram no Rio de Janeiro e em São Paulo no dia de ontem. O perigo de um incremento da repressão levar a uma explosão social superior não está descartado, como bem mostraram os protestos do Chile no final de 2019.

Em meio a isso, a burguesia imperialista de todo o mundo, que já havia perdido o controle da pandemia e está espalhando maiores misérias pelo mundo em meio a um cenário de recessão profunda, agora olha para uma rebelião que desestabiliza o domínio imperialista na barriga da besta. O medo de contaminar o resto do mundo imerso uma pandemia é eminente, quando os capitalistas haviam conseguido algum nível de legitimidade para incrementar o policiamento e a repressão nas ruas em nome do isolamento social.

Não lhes resta muito mais do que reprimir e se esconder, enquanto variantes burguesas, como o “cemitério de movimentos sociais” do Partido Democrata norte-americano, busca se apoiar demagogicamente nessa revolta para debilitar eleitoralmente contra Trump. Contudo, nada garante que terão capacidade de conter o nível de enfrentamento contra o aparato de repressão imperialista, que eles tanto fortalecem contra os negros, imposto nas ruas. A entrada em cena da classe trabalhadora, que conflua com a luta antirracista para atacar a propriedade privada que se aproveita do racismo para aumentar a sua taxa de exploração sob a classe trabalhadora, sobretudo aos negros e imigrantes, é o que pode permitir que esse momento de revolta passe para a necessária auto-organização que possa por abaixo o Estado imperialista norte-americano e por em cheque o domínio capitalista no mundo.

 
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