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ECONOMIA
Guedes declara que são necessárias "compreensão" e "solidariedade" com os bolsos dos patrões
Redação
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Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, declarou após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar a queda brusca do PIB de 1,5% que são necessárias "compreensão" e "solidariedade" para retomar a economia mais rapidamente na saída da crise do coronavírus. Nitidamente seu objetivo é descarregar a crise capitalista nas costas das trabalhadoras, trabalhadores e do povo pobre brasileiros e fazer com que paguemos por ela com nossas próprias vidas para beneficiar o lucro dos empresários.

O IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,5% no 1º trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2019, refletindo os primeiros impactos da pandemia do coronavírus. A expectativa é de um tombo ainda maior no 2º trimestre.

E Guedes declarou em seminário virtual logo após: “Precisamos de cooperação, colaboração, compreensão, solidariedade".

Para o ministro negacionista de Bolsonaro, há três opções: o que chama de retomada em forma de "V" no gráfico, que seria a mais rápida; a retomada em forma de "U", que seria a forma mais lenta; ou, se não houver retomada, a linha da economia no gráfico pode se comportar em forma de "L" que, para ele, significa "cair e virar depressão". "Prefiro ainda trabalhar com o ’V’, pode ser um ’V’ meio torto, caiu rápido e vai subir um pouco mais devagar, mas ainda é um ’V’”, declarou.

Além disso, o ministro teve a cara de pau de dizer: “Alguém acha que a asa esquerda é mais importante, outro acha que é a asa direita. O pássaro não voa sem as duas asas. As pessoas não vão conseguir tocar uma economia preocupados com a saúde. As pessoas não vão conseguir salvar a saúde se também destruírem a economia. O pássaro, para voar, precisa das duas asas: da saúde e da economia”, comparando Economia e Saúde com as asas de um pássaro. O que se prova uma grande falácia, um palavreado de direita, já que o governo de Bolsonaro e seus ministros (e inclusive nem os governadores) não garantem nem testes massivos para a população. A saúde não é uma prioridade para essa corja.

Sobre a produção, Guedes ainda despreza a vida dos trabalhadores: “No caso de indústrias que souberam se proteger, a construção civil está funcionando em 93% da capacidade produtiva, com 55 mil pessoas trabalhando nas obras e 10 mortes. Trágicas, porque cada morte é um universo que se extingue (...) Mas o fato é que, se 55 mil pessoas estão na construção civil e 10 vidas se apagaram, estão fazendo alguma coisa certa no protocolo de trabalho”.

Como se não bastasse, ontem, quinta (28), Bolsonaro já justificava seu ministro sobre a carteira de trabalho verde e amarela. O presidente disse: "Conversei agora há pouco com o Guedes, ele fala que quer voltar a questão da carteira verde e amarela. O que ele quer? É muito caro o empregado, sabe que o salário é pouco para quem recebe e muito para quem paga com os encargos trabalhistas. O Guedes quer dar uma flexibilizada para facilitar a empregabilidade", afirmou Bolsonaro em live no seu Facebook.

Ainda mais sob as disputas entre governo Bolsonaro e STF, com mais esse ataque é que se pode ter certeza de que ambos são representantes dos empresários, dos privatistas, não se importam com a vida dos trabalhadores e do povo pobre, até porque Guedes aponta que precisam se unificar para retomar a economia e fazer passar os ataques. O ministro disse: “Se, em vez disso, nós jogarmos uns contra os outros, atrapalharmos uns o trabalho dos outros, incriminarmos uns aos outros em vez de entender que isso veio de fora, o vírus veio de fora e está atacando o mundo inteiro. É cretino você atacar o governo do próprio país em vez de ajudar em um momento desse”.

Por isso, nós do Esquerda Diário colocamos que é necessária uma saída dos trabalhadores para a crise, contra os empresários e seus governantes. Num momento como esse, fica cada vez mais urgente o fim do pagamento da dívida pública, para que nossos recursos se voltem para as necessidades da população de combate à crise, como a centralização dos sistemas público e privado de saúde. E também que é emergencial a formação de um polo de esquerda pelo Fora Bolsonaro, Mourão e militares, sem confiança no STF, Congresso e Maia.

Essa crise nos mostra que mais do que nunca somente uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, com representantes dos trabalhadores e da população eleitos e revogáveis é que pode descentralizar o poder do governo e responder de fato a crise.

 
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