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RACISMO
Escola desmente versão de tiroteio da PM assassina de Witzel no caso de Rodrigo Cerqueira
Redação

Em mais um caso escandaloso de racismo da policia de Witzel, os PMs afirmam em depoimento que houve movimentação estranha e troca de tiros no local, informação que contradiz depoimento de escola que participava da entrega de cesta básicas no dia em que o jovem negro, de apenas 19 anos, foi brutalmente assassinado.

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Eduardo de Souza Paiva e Rafael Santos Amaral, PMs investigados pelo assassinato do jovem Rodrigo Cerqueira, de 19 anos, no dia 21 de maio, deram depoimento na Delegacia de Homicídios sobre o ocorrido, em que afirmam, segundo o jornal OGlobo , que “faziam patrulhamento para repreender o tráfico de drogas” quando “perceberam uma correria de um número elevado de pessoas, talvez uns seis suspeitos. Ao avistarem a guarnição, os suspeitos efetuaram disparos de arma de fogo, o que foi imediatamente revidado".

Entretanto, quando Rodrigo Cerqueira foi assassinato, estava acontecendo uma distribuição de cestas básicas para as famílias de alunos do Colégio Estadual Reverendo Hugh Clarence Tucker e do Pré-Vestibular Machado de Assis, como confirma uma nota soltada pelo Pré-Vestibular nas redes sociais, em que afirma que ação só foi interrompida quando Rodrigo foi atingido.

Segundo os relatos dos PMs, junto ao corpo do jovem teria sido encontrado uma pistola e drogas, informação que é contradita pela mãe de Rodrigo, que declarou: “Meu filho era querido. É só perguntar para os professores da escola onde ele estudava. Meu filho nunca parou numa delegacia. É porque eles (policiais) entram no morro e acham que todo negro tem envolvimento com alguma coisa. Eles forjam os negros, eles forjam. No morro todo mundo é bandido para eles. Ele era meu amigo, uma pessoa carinhosa, querida.”

Em menos de uma semana, a PM de Witzel assassinou João Vitor, de 18 anos, João Pedro, de 14 anos e Rodrigo, de 19 anos. Jovens que tiveram sua vida interrompida pela polícia assassina e racista que é braço direito do Estado. Rodrigo foi morto durante uma ação beneficente de voluntários que fazem o que o Estado não faz: levar comida e condições básicas aos moradores das favelas, os mais atingidos pelo covid-19, que esperam os miseráveis R$ 600,00 que Bolsonaro não quer pagar. É necessária uma resposta à altura de todos esses ataques, dessa guerra travada todos os dias com intuito de matar o povo negro, que só pode se dar a partir da auto-organização do povo negro e da classe trabalhadora.

Rodrigo, PRESENTE!

João Pedro, PRESENTE!

João Vitor, PRESENTE!

 
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