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AUXÍLIO EMERGENCIAL
Guedes quer reduzir para R$200,00 auxílio em agosto e condenar milhões à miséria
Redação

Paulo Guedes deixou claro que não pretende diminuir "progressivamente" o auxílio emergencial como condição para mantê-lo por mais vezes. Pelo contrário, defende que seja reduzido em 2/3 para 200 reais, como a proposta de miséria inicialmente feita por Bolsonaro e Guedes no início da epidemia.

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Anteriormente, como já havíamos noticiado no Diário, Paulo Guedes e sua equipe econômica já haviam declarado as intenções de estender o auxílio, deixando claro que seu objetivo era reduzi-lo gradualmente. Contudo, o ministro do mercado financeiro foi à frente e chantageia a redução para 200 reais para manter o auxílio por mais 2 meses.

O governo Bolsonaro, que tenta fazer demagogia com os setores mais precários e informais dizendo que "defende empregos" mostra sua verdadeira face ao querer cortar 2/3 do auxílio: servir aos interesses das instituições financeiras para não "perder credibilidade".

A redução também significaria o retorno de milhões ao trabalho, cenário que já é realidade para muitos trabalhadores que já voltaram aos seus postos mesmo sem condições de proteção e com o auxílio atual negado ou nem puderam cogitar parar de trabalhar. Cortar 400 reais do auxílio, que apresenta problemas para chegar até a mão dos trabalhadores seja nas filas ou a negação direta, teria este efeito prático de servir ao retorno da "normalidade econômica" para que os patrões salvem suas taxas de lucro.

O desejo de Guedes e Bolsonaro em negar qualquer auxílio para que a classe trabalhadora morra aos milhares contamida nos seus locais de trabalho e transporte é mais do que provado. Porém, diante da situação calamitosa sanitária e econômica e o medo de grandes revoltas resultou no auxílio emergencial de 600 reais por 3 meses, um valor mínimo se comparado ao R$ 1,2 trilhões destinados aos bancos logo nas primeiras semanas da epidemia.

No momento, os cálculos até então divergentes dentro da pasta da economia parecem apostar em subordinar a economia nacional aos interesses dos grandes bancos e especuladores que lucram com está crise, condicionando a manutenção do auxílio para Agosto somente se reduzido à 200 reais, o que pode entrar em choque com os objetivos de conter as insatisfações de milhões de trabalhadores e o cenário de revoltas sociais.

Está instalada uma crise sanitária que a cada dia avança na ocupação quase total dos leitos do SUS com o combate ao coronavírus, expondo as rachaduras desse sistema falido e mostrando quem são os que pagam quando a crise bate. E com as duras consequencias na economia não é diferente, afinal já são milhões de brasileiros que foram afetados pela MP de Bolsonaro, que autoriza o corte de salários e a suspensão de contratos, para além dos que foram vitimas das absurdas demissões dos empresários que buscam garantir seus lucros.

Qualquer ilusão de uma suposta "compaixão" de um ultraneoliberal formada na escola de Chicago e inspirado na ditadura de Pinochet é mais um vez provada por seu objetivo de reduzir para 200 reais o auxílio, fazendo o mercado financeiro e empresários satisfeitos. Paulo Guedes parece já ver no horizonte livrar-se de qualquer concessão mínima para voltar ao seus planos de privatização e ataques contra a classe trabalhadora.

Por isso devemos exigir deste governo, que nem um auxílio de R$ 600 consegue garantir direito, que efetivamente garanta a vida das pessoas que sofreram uma corrosão de suas rendas durante a pandemia, com um salário básico de R$ 2.000, baseado na média salarial brasileira. Junto com isso é preciso colocar que não podemos aceitar nenhuma demissão em meio a esta crise. Não podemos permitir que a sede de lucro dos empresários signifique colocar milhares de famílias nas ruas, como fazem Luciano Hang, da Havan, ou o dono da Madero, e diversos outros empresários que se apoiam no discurso reacionário de Bolsonaro e Paulo Guedes! As nossas vidas valem mais do que o lucro deles!

 
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