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CULTURA
Regina Duarte deixa governo Bolsonaro depois de zombar dos mortos pela ditadura e do coronavirus
Redação
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Regina Duarte deixou hoje a secretaria da cultura do governo Bolsonaro, sob a justificativa de precisar voltar a estar perto da sua família. Em vídeo ao lado do presidente, Regina Duarte agradeceu o "presente" do seu novo cargo no comando da Cinemateca, com sede em SP, uma despedida marcada por afagos por parte de Bolsonaro à sua ex-secretária.

Uma demonstração de afeto e agradecimento à atriz reacionária que, na primeira semana de maio, cedeu uma entrevista a CNN que chocou o país com suas declarações minimizando e rindo das mortes no período da ditadura. Agora Regina Duarte presidirá a instituição responsável pela preservação da produção do áudio visual, que a tempos não recebe verba do governo.

Até mesmo o General Villas Boas fez um post no seu twitter elogiando e defendendo a fala da então secretária de cultura, o mesmo militar que homenageia o período da ditadura. Essa troca de comando no secretaria da Cultura é parte de alinhar essa parte aos interesses da ala ideológica do governo, que tecia críticas ao comando de Regina Duarte. Uma coisa é certa, a saída de Regina não altera a política bolsonarista de retirar as verbas dos espaços públicos culturais em benefício dos setores privados do governo.

Ela havia assumido a pasta depois da saída de Roberto Alvim, que havia feito um vídeo de publicidade com referências claras ao discurso do Ministro da Propaganda Nazista Joseph Goebbels, e que saiu apenas para não gerar maiores desgastes no governo. A pasta da cultura segue sendo alvo das maiores atrocidades direitistas desse governo.

Publicamente Regina Duarte já se colocou contra o isolamento social e segue dando seu mais íntegro apoio a Bolsonaro. Mesmo se mostrando longe de representar os artistas do país, Bolsonaro já busca novos nomes que sejam tão reacionários e direitistas quanto Regina Duarte e que siga atacando os direitos dos artistas no país, principalmente nesse momento que muitos artísticas estão em uma situação desesperadora de desemprego com a pandemia, sem nenhum tipo de auxílio do governo. Bolsonaro está cogitando ao cargo Mario Frias, uma figura próxima dos seus interesses políticos e ataques a arte.

Defender a arte e os artistas em tempos de crise do coronavírus e crise econômica é parte de dar a essa crise no governo. Não podemos aceitar mais cortes e falta de investimento em um momento que milhares de hospitais públicos estão em colapso e os trabalhadores da saúde seguem sem EPIs. Bolsonaro segue duro na sua linha negacionista e preocupado com a econômica, diversas declarações se mostra como uma pessoa que não está preocupado com a vida dos trabalhadores, nem com a dos artistas, deixados à própria sorte nas quarentenas forçadas.

Por isso que temos ser Fora Bolsonaro, mas também Fora Mourão e os militares, nenhuma confiança nas alas do Congresso e do STF que tampouco representam os interesses de nossa classe e dos artistas.

 
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