Israel aprovou a construção de 2.700 casas para palestinos em Jerusalém, maior concessão em termos urbanos para os palestinos, que vivem principalmente na parte oriental da cidade, desde 1967.

O projeto foi aprovado pela Comissão Urbanística da Prefeitura de Jerusalém e 2.500 casas serão construídas no bairro de Yabel Mukaber, no sudeste da cidade, segundo informou nesta quarta-feira a edição digital do jornal "Haaretz".

Segundo o arquiteto Sennan Abdelkader, responsável pelo projeto, ativistas de direita tentaram bloqueá-lo durante a votação, como vinham fazendo nos últimos quatro anos.

O plano, de incomum envergadura em uma zona palestina da cidade considerada “santa” incluirá parques, zonas de lazer, colégios e espaços públicos, que costumam ser raros no leste de Jerusalém.

Cercado por de três bairros judeus, Yabel Mukaber se encontra sobre território ocupado por Israel em 1967, mas faz parte do perímetro municipal anexado três décadas depois, procedimento legal e político que a comunidade internacional não reconhece.

Esta medida, vêm num momento onde as manifestações de israelenses contra a falta de moradias e o aumento abusivo de aluguéis chegou a uma situação insustentável e ameaçava a reeleição do primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu. Além dos palestinos, a população israelense tem uma parcela de cidadãos árabes islâmicos crescente, que exerce uma pressão cada vez maior sobre a estabilidade interna do Estado Sionista.