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DEMISSÕES
PUC-MG adere MP da morte: demite trabalhadores, suspende contratos e reduz salários em até 70%
Redação

A PUC mantem a cobrança do valor integral da mensalidade para aulas
presenciais mas, que agora ocorrem em regime remoto, sob a justificativa de
que precisa dessa renda para pagar os funcionários.

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A PUC mantem a cobrança do valor integral da mensalidade para aulas presenciais mas, que agora ocorrem em regime remoto, sob a justificativa de que precisa dessa renda para pagar os funcionários. Porém, de forma covarde, por debaixo dos panos, demite centenas de trabalhadores, suspende contratos de trabalho e reduz em até 70% os salários dos funcionários.

Desde o dia 16/04, a PUC MINAS, de forma completamente autoritária, implementa o sistema de “Regime Letivo Remoto”, que é nada mais nada menos do que aulas à distância (EAD). Sem se importar com toda a precariedade que envolve um ensino à distância, pensando apenas em como continuar lucrando diante de todo esse cenário de caos social no qual estamos vivendo, as atividades online seguem a todo vapor, assim como o descontentamento dos estudantes em relação as aulas online.

Enquanto os boletos chegam com o valor integral da mensalidade, o pronunciamento do reitor, Prof. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, apontava que o pagamento integral da mensalidade era necessário ser mantido pois a instituição precisava cumprir com o pagamento de salários dos seus professores e funcionários para que não houvesse demissões.

Se diz flexibilizar as mensalidades mas, na verdade o pagamento será feito de forma integral, já que tem a “possibilidade de reparcelamento, por meio de Cartão de Crédito, com pagamento até o mês de dezembro, das mensalidades de abril, maio e junho, sem a cobrança de encargos.”

A cobrança da mensalidade e as aulas continuam a todo vapor, mas longe dos olhos dos alunos e trilhando os mesmos passos de grandes empresas privadas e multinacionais, a PUC também aderiu a MP 936/20 de Bolsonaro, ou MP da morte como ficou conhecida, que joga sobre nossas costas e nossas vidas a conta dessa crise. Pois assim amplia ainda mais os seus lucros demitindo trabalhadores e aplicando a suspensão do contrato de trabalho, reduzindo em quase 70% o salários dos trabalhadores que estão com seus contratos suspensos.

Além das suspensões de contratos que deixam os trabalhadores na agoniante espera e incertezas se terão ou não um trabalho e como irão se sustentar caso percam o emprego, do inicio da quarentena até agora, foram demitidos diretamente mais de 100 trabalhadores. São trabalhadores que ocupavam os postos mais precários da instituição, como: limpeza, manutenção, obras e outros, deixando centenas de família a deriva meio a pandemia de coronavírus.

Assim como em outras empresas privadas, e na PUC não é diferente, são os trabalhadores negros e trabalhadoras negras que ocupam os postos de trabalho mais precários e que socialmente são os que mais sofrem na pele as consequências dessa pandemia. Hoje esses trabalhadores se veem completamente a própria sorte por uma decisão que visa apenas a manutenção dos lucros da pontifícia em detrimento da vida das pessoas.

A PUC MINAS demite usando a desculpa de crise financeira, mas não abre os livros de caixa e monstra qualquer balanço financeiro para a comunidade acadêmica para que de fato justifique essas demissões. Ao contrario, segue ganhando valores inestimáveis em isenções de impostos por parte do governo, economizando com os gastos diários de quando tinham as aulas presenciais e enquanto aumenta os seus lucros descarrega essa crise nos seus alunos, professores e funcionários.

Nós estudantes precisamos levantar urgentemente uma forte campanha de solidariedade, em unidade com os professores e funcionários, para exigir a readmissão imediata desses trabalhadores demitidos.

Que os Diretórios Acadêmicos (D.A), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Atléticas se posicionem e usem todo seu aparato para batalhar pela readmissão imediata dos trabalhadores demitidos, por uma forte campanha de abertura dos livros de caixa da PUC, para que não haja nenhuma perda salarial e de direitos desses trabalhadores, abertura do livro de caixa para que seja proibida as demissões em tempos de crise, para que nenhum trabalhador e estudante saia ainda mais lesado diante a pandemia e aos ataques da PUC.

 
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