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73 mortos da área da saúde por Covd-19, número já ultrapassa Itália e Espanha juntas
Redação

Brasil passa países que já foram epicentro de coronavírus, como Itália e Espanha, em relação a morte de profissionais da saúde. Trabalhadores da saúde em todo o Brasil tem trabalhado sob condições precárias e com medo de ir trabalhar e ser infectado.

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Esse recorde ingrato na morte de profissionais da saúde no país, mostra como a política de enfrentamento ao vírus - ou melhor, a ausência dela - levantada pelo governo Bolsonaro ao comando do ministro da saúde Nelson Teich, ou até mesmo dos governadores como Dória em São Paulo e Witzel no Rio de Janeiro, bolsonaristas oportunos que agora tentam se colocar como opositores, é totalmente paliativa. Esses governos não estão buscando um combate realmente eficaz contra o vírus, tem na verdade buscado formas de administrar mortes, que são totalmente evitáveis. Estão mais preocupados em como salvar o lucro dos empresários.

Os trabalhadores na saúde em sua maioria mulheres (85%), estão morrendo de forma alarmante, com a maior taxa do mundo. Já foram notificadas 73 mortes de trabalhadores da saúde no país, por conta da Covid-19. Pessoas jovens, a maior parte com menos de 60 anos. Além desses casos confirmados, mais 16 mortes estão em análise. Os Estados Unidos, país com maior número de mortos (71 mil) perdeu 46 trabalhadores da saúde, a Itália (29 mil mortes) teve 35 óbitos e a Espanha (mais de 25 mil mortos) teve 4 óbitos entre profissionais da área.

Vivemos uma situação de calamidade total onde profissionais da saúde não tem nenhuma segurança no trabalho. Faltam equipamentos essenciais para estar na linha de frente do combate ao vírus, como máscaras, luvas, óculos. Diariamente trabalhadores da saúde estão pedindo socorro e exigindo condições adequadas para trabalhar por todo o país, o que é o mínimo a ser exigido nesse momento.

Além disso os trabalhadores da saúde que pertencem ao grupo de risco, como idosos e pessoas portadoras de doenças crônicas, continuam trabalhando nos hospitais, o que está gerando um grande número de adoecimento e morte entre esses profissionais.

Um desses casos é o caso do Estado de São Paulo, que tem cerca de 5 mil trabalhadores da saúde, entre os infectados do Estado, e cerca de 18 destes trabalhadores morreram, vítimas de um total descaso com a saúde e da hipocrisia do governador Dória, que vai na televisão quase todos os dias falar a respeito do combate ao coronavírus, mas na USP junto ao reitor, nega aos trabalhadores EPI´s e mantém trabalhadores do grupo de risco trabalhando, todos os dias correndo o risco de se contaminarem.

Mas a batalha que os trabalhadores da saúde e população enfrentam não é somente contra a devastação feita pela pandemia. A crise se estende desde 2008 e a crise da pandemia da Covid-19, só acelerou os ritmos da crise capitalista em desenvolvimento. Trata-se de uma guerra contra os capitalistas e seus fiéis representantes. É urgente que as reivindicações dos profissionais da saúde sejam atendidas, que todos os hospitais recebam os medicamentos necessários, assim como os equipamentos de proteção e respiradores necessários para aumentar a capacidade de atendimento. Também é urgente que hajam testes suficientes para atender toda a demanda, e que os trabalhadores que estão nos grupos de risco sejam imediatamente afastados, sem qualquer perda salarial e de direitos.
O serviço público está em colapso. Por isso é urgente que as redes privadas de saúde, incluindo laboratórios clínicos, sejam centralizadas sob controle do estado e passem a ser parte da do SUS, sob o controle dos trabalhadores da saúde e sem nenhuma indenização a rede privada. E, para suprir a falta de profissionais, o estado deve realizar contratações urgentes, inclusive de estudantes do último ano de Medicina e Enfermagem, sob a supervisão e capacitação adequada.

O capitalismo não dá mais, saúde não pode ser mercadoria. É preciso que os trabalhadores sejam os dirigentes dessa crise e possam decidir os rumos do país, sem nenhuma confiança nos militares e nos golpistas, com uma saída de trabalhadores, com uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que dê aos trabalhadores a possibilidade de dirigir suas próprias vidas.

 
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