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SINPEEM
Lutamos pelo adiamento das eleições no SINPEEM impostas pela burocracia de Claudio Fonseca
Nossa Classe - Educação

Nós do Movimento Nossa Classe viemos denunciando o absurdo processo eleitoral que Claudio Fonseca e a direção majoritária do Sinpeem querem impor aos seus filiados nesse contexto em que todos os dias nos chegam dezenas de notícias revoltantes sobre as consequências da pandemia mundial do coronavírus aprofundada pela negligência da gestão capitalista.

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O governo de Bolsonaro e dos militares, os parlamentares, judiciário e mesmo os governadores, que se proclamam ala racional da crise, apesar das alfinetadas públicas e disputas de poder entre si compactuam com o objetivo de descarregar em nós todo o custo da crise econômica e da saúde. As medidas aprovadas contra os trabalhadores já se contam aos montes, mesmo com as mais de 7 mil mortes confirmadas e a fome da população provocada pela redução de salários e as demissões. É exatamente por isso que o Senado aprovou no último final de semana, com os votos também dos partidos que se dizem oposição como PT, PSB e PDT, um projeto que proíbe reajuste salarial aos servidores públicos e a progressão nas carreiras até dezembro de 2021. Descarregam a crise em nossas costas, dividindo os servidores públicos do restante da população e da classe trabalhadora, como se fossemos nós o problema e não o empenho que fazem para salvar os patrões e os bancos, mas enquanto isso os preços de todo o necessário para sobreviver só aumentam.

É nesse cenário de tristeza pelas milhares de mortes e os trabalhadores sofrendo com a incerteza sobre seus salários e empregos que a direção majoritária do Sinpeem segue impondo a realização de um processo de eleição sindical antidemocrático ao invés de organizar as demandas e reivindicações dos profissionais da educação de São Paulo em relação aos governos que nos atacam com cortes de salários, assédio moral com o EAD que excluí nossos alunos, enquanto parte dos nossos colegas é obrigado a expor sua vida e de seus familiares abrindo as escolas... É um verdadeiro absurdo!

A direção do sindicato frente a um calendário eleitoral também definido de forma burocrática antes da pandemia, frente aos novos acontecimentos e a situação de calamidade pública, ao invés de fazer uma consulta online, impôs a continuidade da eleição e com isso impôs que todos os que não querem deixar os trabalhadores nas mãos do Claudio Fonseca, como é há 30 anos, inscrevessem chapas mesmo assim. A imposição de uma eleição como essa só reafirma que não dá mais para seguir com o Sinpeem nas mãos de Claudio Fonseca e sua chapa.

Apesar da demagogia de Claudio Fonseca, presidente do sindicato, de apresentar um pedido de adiamento das eleições é a sua chapa Compromisso e Luta que está à frente e organiza todo este processo eleitoral, tendo maioria na comissão e decidido por manter o calendário de antes da pandemia mundial e da situação sem precedentes que estamos. Desde o início desse processo eleitoral Claudio Fonseca já havia se utilizado de outras manobras para impor que o processo eleitoral e garantir sua participação no processo eleitoral da diretoria do Sinpeem, sem que a data da eleição no sindicato se confrontasse com a das eleições municipais, onde tem um cargo pelo Cidadania, base de Doria e do PSDB, que ataca historicamente os direitos dos professores e a educação pública.

Leia nossa declaração anterior que explica esse processo aqui.

Não confiamos em uma vírgula do pedido de adiamento das eleições vindo da direção atual de Claudio Fonseca, que tentou separar sua imagem da comissão eleitoral composta majoritariamente por dirigentes sindicais de seu grupo Compromisso e Luta - os mesmo que decidiram pela continuidade das eleições. Esse processo eleitoral antidemocrático está ao gosto desses que há anos seguem traindo os professores e educadores e usurpando o sindicato para manter seus próprios privilégios.

Questionar, ter propostas e iniciativas contra esse processo eleitoral no Sinpeem é fundamental para as chapas verdadeiramente de oposição a direção majoritária, e é impossível fazer esse combate a eleição fraudulenta sem questionar também quem a dirige, o que fez a corrente Debate CUTista, que em sua carta propondo que as chapas se retirem do pleito, afirma que Claudio Fonseca está do mesmo lado que os lutadores do sindicato que querem o adiamento do calendário eleitoral do sindicato, afirmação que discordamos veementemente, pois sabemos o quão demagógico foi o pedido de adiamento protocolado por essa burocracia que desde o começo é que impõe esse processo, como viemos denunciando e reafirmamos nesse artigo.

Nós do Movimento Nossa Classe, assim como centenas de educadores e aos demais grupos da oposição, defendemos o adiamento das eleições no Sinpeem. Também batalhamos para que os professores, ATEs e todos os trabalhadores da educação, a quem verdadeiramente o sindicato pertence, possam decidir sobre a continuidade do processo eleitoral ou seu adiamento e quais são as hierarquias nesse momento, através de uma consulta pública à base do sindicato que chamamos a oposição a defender em unidade, mas para nós essas iniciativas estão indivisivelmente acompanhadas de denunciar quem de fato quer impor seus anseios e ambições pessoais e políticas na frente do drama que sofrem hoje os trabalhadores, nossos alunos, seus país e os próprios educadores. A pessoa que está à frente dessas eleições antidemocráticas tem nome e sobrenome e é preciso dizer: Claudio Fonseca!

A necessidade de batalhar pela recuperação do sindicato é latente, ainda mais agora, onde nossas vidas estão sendo negligenciadas, inclusive por aqueles que dizem priorizar a “defesa da vida”, como cita a carta da corrente do PT, Debate CUTista, enquanto aprova no Senado o congelamento dos nossos salários.

O Nossa Classe Educação está colocando toda sua energia para que essas eleições fraudulentas sejam imediatamente adiadas enquanto durar a quarentena e nos somaremos as iniciativas das correntes de oposição que caminhem nesse sentido, sem “lavar a cara” do principal articulador dessa eleição sindical absurda.

 
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