Em meio à fase 3 da pandemia do COVID-19, em 1º de maio, ao meio-dia, trabalhadoras e trabalhadores do setor de saúde de diferentes instituições públicas, como membros da Assembléia Nacional de Enfermeiras e Enfermeiros do México; o Movimento Médico Nacional; a Plataforma de Subcontratantes do Setor de Saúde; o Movimento Médico 22 de junho; Saúde e Direitos Trabalhistas; e o Movimento Sou Químico, Não Técnico, realizaram uma conferência de imprensa em frente aos escritórios do Ministério da Saúde na Cidade do México (CDMX).
Denunciaram o governo de Andrés Manuel López Obrador (AMLO) e os governos estaduais por não garantirem "equipamento de proteção individual (EPI) suficiente e de qualidade, para evitar a cadeia de infecções causadas em vários hospitais da República Mexicana". Centenas de trabalhadores do setor de saúde já foram infectados com o COVID-19, pois realizam seu trabalho, na linha de frente da luta contra a pandemia, sem suprimentos e equipamentos de proteção adequados.
A situação crítica continua apesar dos 56 milhões de dólares em suprimentos de proteção que o governo federal comprou da China e prometeu distribuir por todo o país, mas que aparentemente não chegaram ao seu destino ou foram insuficientes, como mostram os protestos que se espalharam entre os trabalhadores do setor, em diversas entidades na CDMX.
A precarização do trabalho na área da saúde
Os palestrantes rechaçaram o fato de que médicos e enfermeiros, chamados com urgência para prestar serviço durante a pandemia, foram contratados temporáriamente "em violação aos artigos 6 e 15 da Lei Federal de Trabalhadores ao Serviço do Estado e aos contratos coletivos de trabalho ”, que continuam com o modelo de trabalho imposto pelos governos neoliberais anteriores, negando-lhes o direito à estabilidade.
Também lamentaram que as administrações federais e estaduais "mantenham a insegurança no emprego, contratando homens e mulheres sob um esquema de terceirização, com a incerteza e a instabilidade que esse tipo de contratação representa ...", deixando-as sem segurança social ou serviços médicos, já que os serviços de saúde que prestam, também os colocam em risco.
As exigências
Durante a conferência de imprensa, os grupos apresentaram uma petição que inclui:
"Recursos materiais suficientes para fornecer atendimento oportuno e adequado [e] para manter os profissionais de saúde protegidos ..."
"Entrega imediata de medicamentos ... para satisfazer 100% dos tratamentos de qualquer patologia ..."
"Novos postos de trabalho ... com compromisso definitivo de efetivação ..."
"Aumento do número de vagas para médicos residentes em todas as especialidades."
"Adicionais para o trabalho em áreas perigosas (compensação de riscos) ..."
“Revisão dos valores de cargos e salários do sistema nacional de saúde, nos setores público e privado, para chegar a um acordo sobre salários que dignificam o exercício de nossas profissões.”
Entre outras demandas.
Além disso, solicitaram uma abertura de diálogo com as autoridades do setor da saúde e chamaram nova mobilização para 1º de setembro (uma vez que a pandemia tenha diminuído), na Cidade do México e em outros estados do país.
Do La Izquierda Diario México e do Movimento de los Trabajadores Socialistas, chamamos a todas as organizações sindicais, sociais, políticas e de Direitos Humanos para promoverem uma grande campanha de solidariedade com as mulheres e os homens trabalhadores do setor da saúde, para que suas exigências sejam atendidas e as demandas solucionadas imediatamente.
Se você trabalha neste setor e está em risco ou tem seus direitos violados, disponibilizamos as páginas deste jornal. Envie-nos a sua reclamação.
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