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RIO DE JANEIRO
Witzel aproveita a pandemia para dizer que não vai pagar servidores no segundo semestre
Redação

Enquanto compra briga com o governo federal, aproveitando-se da crise pela qual passa seu ex aliado Jair Bolsonaro, Witzel prepara um pacote de ataques contra os serviços públicos do Rio de Janeiro em plena pandemia.

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O Secretário da Fazenda de Witzel afirmou que não tem como pagar os salários dos servidores públicos do Estado do Rio de agosto, e que os de julho também estão comprometidos pois dependem de ’manobras de tesouraria’. O Estado do Rio de Janeiro vem sendo alvo dos ataques do governo Witzel, que está aproveitando a situação grave de pandemia para passar ataques contra os servidores e a privatização da Cedae, que ele prometeu entregar no primeiro ano de governo.

Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, secretário da Fazenda de Witzel, afirmou que o problema é a queda de arrecadação no ICMS combinado à queda no valor do barril do petróleo, que afeta royalties e impostos recebidos pelo ERJ. Segundo ele, o impacto na estimado na arrecadação será de R$ 15,7 bilhões.

“Em agosto,com certeza, já não teremos dinheiro para pagar ao funcionalismo. Obviamente, isso afeta o pagamento do décimo terceiro também”, afirmou o secretário. O Secretário afirmou ainda que depende da liberação da verba da União, de pelo menos R$ 10 bilhões, para garantir o pagamento do salário dos servidores.

O que Witzel está fazendo é uma verdadeira chantagem com os servidores. Ele e seu secretário afirmam que precisam de ajuda do governo Federal, para conseguir apoio dos secretários na barganha política feita contra Bolsonaro, mas, ao mesmo tempo, atacam os servidores públicos ao lançar medidas que abrem espaço para privatizar 19 instituições do estado.

É assim que batalham diariamente para privatizar a Cedae, como afirmou o secretário na mesma entrevista: — O governo tem feito todas as medidas preparatórias para o leilão. Elas estão sendo executadas em câmaras municipais, no Rio Metrópoles... tudo dentro do cronograma. O edital iria para a rua em agosto. Só não irá em agosto se (por conta do coronavírus) não tiver condições de mercado. Ou seja, veem na crise a oportunidade de preparar ataques contra o os trabalhadores e o povo pobre, querendo privatizar a água em meio à crise sanitária da pandemia do coronavírus.

Enquanto tudo isso acontece, seu secretário da Saúde já declarou que o Rio está em "curva descontrolada" dos casos de Covid-19, admitindo que o sistema de saúde do Estado colapsou, sem qualquer medida por parte do governo Witzel para além da quarentena. Os 794 mortes e 8.869 casos de contágio divulgados nesta quarta (29) são de responsabilidade de Witzel, Crivella e Bolsonaro.

Tudo o que Witzel finge tem de "crítico" ao governo Bolsonaro, ele tem de submissão ao Regime de Recuperação Fiscal. A dívida, criada por Pezão - que hoje está na cadeia - junto com Temer, é uma herança maldita que condiciona a movimentação financeira do Estado do Rio de Janeiro ao pagamento de parcelas, todo os meses, ao governo Federal. Witzel pode falar o que quiser contra Bolsonaro, mas a verdade é que ele é cúmplice do saqueio cotidiano das contas do Estado pelo Governo Federal. Estas parcelas, que a União forçou o Estado do Rio à pagar através de dezenas de arrestos judiciais feitos em 2016, vão diretamente para o pagamento da dívida pública executada pela União.

Ou seja, Witzel está disputando a sua parte do bolo deixando claro para os mesmos banqueiros, os senhores de Bolsonaro, que não questionará o esquema de achaque (roubo) das contas públicas com as transferência da maior parte orçamentária para os grandes Bancos. Bancos estes que, em meio à pandemia, se recusam a emprestar dinheiro, e quando o fazem, é com juros altíssimos - mesmo tendo previsto estímulos de até R$ 1,2 trilhão de reais pelo Banco Central.

Frente à esta situação de chantagem e achaque de Bolsonaro e Witzel contra os servidores, é simplesmente criminoso que as grandes Centrais Sindicais (CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CGTB, NCST, CSB e outras) tenham Witzel como convidado de honra em seu 1º de maio! As Centrais Convocaram os inimigos do povo para o dia do trabalhador, em meio à milhares de mortes de trabalhadores por responsabilidade tanto de Bolsonaro quanto dos Governadores!

Leia mais: Contra o 1º de maio das centrais com inimigos do povo como FHC e Maia, por um ato independente pelo Fora Bolsonaro e Mourão

Para lutar contra a política de mortes de trabalhadores em massa, expressa por Bolsonaro no seu "e daí?", e também contra a política de ataques à população e privatizações de Witzel, além de lutar para que o Estado e os Municípios apresentem medidas que de fato combatam a covid-19, é preciso uma alternativa de trabalhadores com independência de classe, que lute contra o governo lambe botas do Trump de Bolsonaro, mas igualmente contra Mourão e militares no poder, que também rechace Maia, Sérgio Moro, STF, Globo e todos os atores do bonapartismo institucional, que supere pela esquerda o PT, tirando as lições de sua falência estratégica.

Chamado à esquerda para construir um 1º de Maio classista e independente, pelo Fora Bolsonaro e Mourão

 
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