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CORONA VÍRUS
O lucro acima das vidas: Witzel superfatura respiradores alimentando a irracionalidade do mercado
Redação

No início deste mês a Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro pagou R$9,9 milhões por 50 respiradores à empresa A2A Comércio Serviços e Representações LDTA. Nessa compra cada respirador custou cerca de R$198 mil, mais que o dobro da média comercial, mesmo em época de pandemia.

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Sob a alegação de que há dificuldade para a obtenção de materiais necessários para o combate ao novo corona vírus, governos vem gastando muito acima do comum na compra de materiais hospitalares, como é o caso da escandalosa compra de respiradores pelo dobro do preço, pelo governo de Wilson Witzel no Rio de Janeiro.

Foi no início deste mês, quando a Secretaria estadual de Saúde pagou R$9,9 milhões por 50 respiradores à empresa A2A Comércio Serviços e Representações LDTA. Nessa compra cada respirador custou cerca de R$198 mil, mais que o dobro da média comercial, mesmo em época de pandemia.

O caso do Rio de janeiro é bem parecido com a ocasião em que o governo federal adquiriu máscaras 12X mais caras que a média, também com uma empresa de representações que nem mesmo costuma fornecer equipamentos hospitalares, como é o caso da A2A Comércio Serviços e Representações LTDA.

Mais do que um problema bastante conhecido de superfaturamento e mecanismos de favorecimento de determinadas empresas e indivíduos, essas compras expressam uma questão de fundo. Por que diante de uma pandemia mundial onde dezenas de milhares estão morrendo os governos seguem gastando dinheiro público de acordo com as vontades irracionais dos mercados?

Por que, enquanto o Estado gasta o dinheiro da população com insumos caríssimos e escassos, industrias de vários ramos seguem produzindo bens que em nada servem ao combate à pandemia, como automóveis, por exemplo, ao mesmo tempo que expõe os trabalhadores ao risco da doença não lhes garantindo equipamentos de proteção?

Se em períodos de guerra Estados centralizam a produção industrial em torno das necessidades de combate, porque na "guerra contra o corona vírus" não são adotadas medidas do mesmo tipo?

A irracionalidade do capitalismo nos trouxe ao caos frente a um vírus, mas não precisava ser assim, não hoje com toda a tecnologia disponível. Poderíamos estar fazendo uma quarentena racional se houvesse testes massivos para a população, isolando os infectados e concentrando quem está saudável para trabalhar e produzir bens e serviços necessários pra encarar a crise, desde alimentação de qualidade até respiradores.

Nas Universidades públicas pelo país são muitas as iniciativas de elaboração de novos projetos ágeis e de baixo custo para produção de respiradores, por exemplo, mas esses projetos são muitas vezes engolidos pelas grandes empresas que não permitem colocar seus monopólios e lucros em risco. É por isso que apenas os trabalhadores em aliança com os setores mais oprimidos, estudantes e cientistas podem oferecer uma saída racional à crise, onde o lucro não valha mais que nossas vidas.

 
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