www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Trabalhadores de Amazon anunciam greve em Nova York por causa do Coronavirus
Redação

Os trabalhadores do depósito da Amazon, em um centro de distribuição em Staten Island, Nova York, anunciaram que realizarão uma greve está segunda-feira (30) para que se feche o local, no qual se detectou casos de Coronavirus. Trabalhadores da Instacard também farão greve.

Ver online

Jeff Bezos - além de dono da Amazon e pessoa mais rica do mundo - encontrou uma forma de aumentar sua fortuna em meio a pandemia do coronavírus. Enquanto outras empresas anunciam demissões aos milhares, a Amazon disse que poderá contratar até 100.000 novos trabalhadores. Isso porque a empresa de logística e distribuição está funcionando como nunca em meio a quarentena. Centenas de países estão fazendo entregas de suprimentos e medicamentos, entre outras coisas, para centenas de depósito em todo o mundo.

Frente a isso, os trabalhadores da Amazon têm mostrado seu descontentamento com a forma como a empresa os obriga a trabalhar. Além de não terem os meios adequados de segurança e as condições sanitárias básicas, muitos trabalhadores de distintas unidades também denunciaram falta de pagamento de licenças para quem tem adoecido.

Nesta segunda, o descontentamento chegou aos depósito de Staten Island, Nova York. Os trabalhadores do centro de despacho conhecido pelo nome de JFK8 anunciam greve e acusam a empresa de não cumprir com protocolos de segurança durante a pandemia do COVID-19.

Os trabalhadores pedem o fechamento e a desinfecção do depósito, além de medidas de sanitárias para voltarem a trabalhar, por conta de saberem que um funcionário deu positivo para o teste do coronavírus. Os trabalhadores também denunciam que a gerência não é clara quanto às informações e que é provável que haja mais pessoas infectadas, levando em conta que nesse depósito trabalham 4.500 empregados em diferentes turnos.

O depósito de Staten Island tem uma área de cerca de 82.000 metros quadrados, o equivalente a 15 campos de futebol, com capacidade para processar até 1 milhão de encomendas por dia. Mas essa capacidade só existe por causa do trabalho de milhares de pessoas que hoje correm o risco de serem infectadas com o vírus.

O descontentamento entre os trabalhadores do depósito da Amazon tem aumentado nas últimas semanas, pois pelo menos 13 instalações já relataram casos de coronavírus. Mesmo assim, a maioria das instalações permaneça abertas. Um depósito em Queens, Nova York, fechou temporariamente no início deste mês depois que um trabalhador deu positivo. A empresa também fechou uma instalação usada para processar devoluções de roupas e calçados em Shepherdsville, Kentucky, conhecida como SDF9, até 1º de abril, após da confirmação de um caso de coronavírus.

Em algumas instalações, os trabalhadores dizem que suprimentos essenciais, como desinfetantes para as mãos e toalhas desinfetantes, são racionados ou não existem, o que os coloca em risco de contrair o vírus. Os trabalhadores do depósito dizem que são forçados a escolher entre ir trabalhar e arriscar sua saúde ou ficar em casa e não poder pagar suas contas.

A greve, envolvendo algumas centenas de trabalhadores no turno do meio-dia, estava marcada para as 12:30, horário de Nova York. Como anunciaram mais tarde, fariam uma conferência de imprensa para os definir os próximos passos. Os funcionários vão embora na segunda-feira de manhã e "cessarão todas as operações" até que suas demandas sejam ouvidas pela empresa, disse Chris Smalls, um dos porta-vozes e organizadores da greve. Essa ação nos Estados Unidos ocorre juntamente com crescentes denúncias dos trabalhadores na maioria dos depósito que a empresa possui em todo o mundo.

Os trabalhadores da Instacart, outra empresa de entrega que surgiu como uma startup do Vale do Silício, que emprega 175.000 pessoas, também entrarão em greve essa segunda-feira. A exigência dos trabalhadores é um pagamento de risco de US$5 por pedido, desinfetante para mão livre e toalhetes, além de licença médica remunerada para trabalhadores com condições médicas pré-existentes. No caso da Instacart, a greve será nacional.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui