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CORONAVÍRUS
“Façam algo”: o pedido das enfermeiras de Nova Iorque

Trabalhadoras e trabalhadores da saúde de Nova Iorque organizaram uma manifestação para apoiar as enfermeiras que enfrentam o Covid-19 nos hospitais da cidade.

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Retirado, adaptado e traduzido do portal de notícias norte-americano Left Voice. Publicado no dia 29/03/20

Trabalhadoras e trabalhadores da saúde do bairro do Bronx, em Nova Iorque, organizaram neste sábado, dia 28, uma manifestação com as enfermeiras que enfrentam o Coronavírus no Jacobi Medical Center, um dos centros de emergência da cidade.

“Por favor, façam algo, este é um pedido para vocês, senhor governador, para você, senhor presidente, para todas as autoridades. É um pedido da comunidade de trabalhadoras e trabalhadores da saúde” – disse uma das enfermeiras que participou da manifestação.

Os Estados Unidos, que é atualmente o novo epicentro da crise sanitária provocada pelo Covid-19, enfrenta a pandemia com um sistema de saúde completamente privatizado e sem garantir a seguridade de suas trabalhadoras e trabalhadores.

Tracy Kwon, enfermeira e integrante do Left Voice (portal norte-americano que faz parte da rede internacional Esquerda Diário), explicou que a ação buscava “denunciar os equipamentos de proteção inadequados que estão trabalhando, a falta de recursos que já vinham sendo cortados e a falta sistemática de profissionais”.

As enfermeiras vieram nos últimos anos exigindo da prefeitura de Nova Iorque (hoje governada pelo democrata Joe de Blasio) melhores condições tanto para as trabalhadoras como para os pacientes. Por isso exigem uma quantidade adequada de pacientes por enfermeira para garantir os cuidados necessários, e assim, trabalhar em condições seguras. Essas demandas tem sido ignoradas, o que levou a falta de funcionários necessários e extensas jornadas para enfrentar a crise sanitária.

Outra das enfermeiras participantes disse que estavam ali para que a mensagem delas fosse escutada: “Necessitamos de mais suprimentos, entre eles respiradores. Sabemos que a pandemia já chegou, que muitos de nossos hospitais já estavam enfrentando problemas, e temos que assegurar os suprimentos necessários para fazer nosso trabalho de forma efetiva e segura. Nossa prioridade é a segurança dos pacientes e da nossa equipe”. As enfermeiras em muitos países enfrentam condições inseguras e jornadas esgotantes em meio a crise sanitária, como temos visto na Itália e no Estado Espanhol.

Elas também exigiram ao governo federal que seja garantido tudo o que for necessário para atender os pacientes que necessitem. A ausência de um sistema de saúde pública nos Estados Unidos complica a resposta dos Centros de Saúde. Existe uma divisão profunda entre uma minoria que acessa os serviços de qualidade porque pode pagar as cotas altíssimas das seguradoras e uma maioria que é atendida em Centros de Saúde com menores recursos. A tragédia da inexistência de um sistema público de saúde nos Estados Unidos é gráfica nas enormes dívidas que significam pagar pelo atendimento primário, incluído nisso os testes (que muitas pessoas com sintomas não realizam pelo custo que representa).

Uma das trabalhadoras deixou de forma muito clara as necessidades das pessoas que estão na primeira linha da crise sanitária. “Precisamos de máscaras, precisamos de roupa adequada, não queremos levar a mesma roupa até nossa casa aonde está nossa família, nossos vizinhos, não é justo. As enfermeiras estão adoecendo, médicas e médicos estão adoecendo. Precisamos de apoio. Necessitamos de respiradores, não queremos tomar as horríveis decisões que seremos obrigados quando os suprimentos e equipamentos são limitados”.

 
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