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BC anunciou R$1,2 trilhão para socorrer os bancos enquanto faltam testes, leitos e respiradores
Redação

Banco Central irá injetar no mercado financeiro 1,216 trilhões de reais, isso representa 16,7% do pruduto interno bruto (PIB) do país. A preocupação de Paulo Guedes é a mesma de Junior Durski, dono da rede de restaurantes Mandero e Sócio de Luciano Huck no Paraná, e a do empresário e apresentador de tv Roberto Justus que declararam que as consequências econômicas são mais preocupantes que as mortes que virão. Enquanto isso o governo não distribui massivamente testes e não providencia novos leitos e respiradores.

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Nossas vidas valem mais que os lucros deles!

Na linguagem dos economistas essa medida serve para injetar liquidez no sistema, para evitar a quebra dos bancos. Mas em uma linguagem mais acessível e do ponto de vista dos trabalhadores e da população mais pobre, essa medida representa uma política de manter as fortunas e os lucros dos mais ricos em meio a uma pandemia e caos social que vai ceifar a vida de milhares de pessoas.

São nesses momentos mais críticos de crise que as máscaras caem, que o sistema capitalista revela concretamente o que é. Fica mais evidente e factível que o dinheiro, os lucros falam muito mais alto do que as vidas. As riquezas mofam nos cofres dos bancos enquanto a classe trabalhadora sofre e muitas vidas são perdidas. Riquezas essas que são produzidas a base de sangue e suor dos trabalhadores, que são produzidas a base de juros abusivos, e até fraudulentos, ilegais e ilegítimos como no caso da chamada dívida pública, que em 2019 chegou a R$4,24 trilhões, mais da metade do orçamento federal.

Esses bancos que estão sendo “socorridos” agora pelo governo Bolsonaro são os mesmos bancos que tiveram lucros recordes nos últimos anos como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil (este último estatal ainda, mas com quase 50% de capital abeto), só para citar os maiores. Juntos esses bancos cresceram 15% em 2019 e seus lucros bateram recordes chegando a 59,7 bilhões de reais. A maior cifra desde 2006.

Todavia, apesar dessa injeção de R$1,2 trilhão do Banco Central, esses dragões financeiros continuarão cobrando os juros do cheque especial e do cartão de crédito? Mesmo em meio a uma pandemia e perspectiva de desemprego e carestia de vida? Sim. Enquanto isso continuamos com um sistema de saúde precário já beirando o colapso. Ao mesmo tempo alguns dos maiores empresários do Brasil se reúnem e criam um fundo de 5 milhões para distribuir cestas básicas nas favelas do país. O que são 5 milhões perto de 1,2 TRILHÕES? Talvez o medo desses empresário seja de que a fome gere revoltas incontroláveis. A verdade é que eles pouco se importam com as nossas vidas.

E a única medida do governo é diminuir a curva de casos para que o sistema de saúde dê conta de atender a todos. Bolsonaro ontem, em coletiva na frente do Palácio da Alvorada disse não ter o que fazer senão isso. Mas nós sabemos que tem sim como controlar o contágio. Distribuindo massivamente testes para a população, mesmo para os assintomáticos, com isso seria possível isolar, atender e tratar dos infectados.

Porém, se nem testes o governo não garante, quem dirá respiradores, mais leitos, mais trabalhadores da saúde, abrigos e tudo o mais necessário. Por isso temos muitos motivos para nos revoltarmos e tomarmos nas nossas mãos a saída dessa crise sanitária e econômica, assim como começam a fazer os trabalhadores na Itália que iniciaram com greves espontâneas e estão chamando greve geral para amanhã (25) confira aqui. Precisamos seguir desde já o exemplo dos trabalhadores italianos, mas muito além de simplesmente parar a produção, é preciso pensar em como transformar a produção à serviço do combate ao coronavírus.

Para garantir o emprego de todos, 100% do salário e direitos, é preciso organizar a luta desde baixo, em cada local de trabalho exigindo dos sindicatos e centrais sindicais se ponham na defesa das condições de saúde e vida dos trabalhadores, como CUT e CTB que dirigem a maior parte dos sindicatos no país. Levantar um programa dos trabalhadores para que nossas vidas valham mais do que os lucros capitalistas. Ocupar as fábricas e colocá-las sob controle e gestão dos trabalhadores numa coordenação nacional para atender as demandas de respiradores, máscaras, álcool gel, leitos hospitalares e de tudo o que for necessário para salvar as vidas. Exigir por meio da luta de classes a estatização de todos os hospitais privados e colocar todo o sistema de saúde sob gestão dos trabalhadores. Nessa lógica é necessário também a estatização dos bancos sob controle dos trabalhadores. Imagine se esses R$1,2 trilhão estivesse a serviço de conter a pandemia ao invés de manter os lucros dos capitalistas?

Participe do Twittaço #TestesParaTodos hoje às 15h! A testagem massiva é a melhor forma de prevenção!

 
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