No momento de uma crise profunda que toca jovens e trabalhadores a nível mundial, e que atinge profundamente as mulheres, que são em torno de metade da classe trabalhadora e fazem parte do setor mais pobre da sociedade, vemos o aprofundamento da precarização com o Coronavírus e as ações tomadas pelos governos.
No Brasil, a precarização dos hospitais, que não têm leitos, médicos e estrutura suficientes para atender a população diante da pandemia decretada, irá afetar todas e todos os trabalhadores, e as mulheres pagarão profundamente por isso, dado que em nossa sociedade o cuidado com os doentes sempre é destinado às mulheres, que ficam com a obrigação de cuidar de si, dos familiares e das crianças.
Aprofundando ainda mais a crise existente, João Dória, que faz demagogia dizendo se preocupar com a vida das trabalhadoras, propõe medidas que permitem que terceirizadas sejam demitidas em massa das escolas no Estado de São Paulo.
A Secretaria de Educação resolveu suspender os contratos firmados com empresas prestadoras de serviços, alegando a suspensão das aulas para demitir inúmeras trabalhadoras terceirizadas.
Não podemos aceitar que despejem novamente a conta da crise nas costas de nós, mulheres, e nem dos trabalhadores negros, jovens e LGBTs. As trabalhadoras terceirizadas já prestam serviços em condições ultraprecárias, ganhando salários que beiram a metade do que ganha um trabalhador efetivo, e agora querem tirar o direito ao trabalho a essas mulheres.
Repudiamos todos os ataques que o governo do Estado fazem às mulheres, e nos inspiramos na luta das professoras, que não abaixaram a cabeça frente a polícia que foi enviada por Dória para atacá-las em prol de garantir a aprovação da Reforma da Previdência a nível estadual.
Exigimos que o governo garanta licenças remuneradas para estas trabalhadoras poderem seguir sustentando suas famílias! Como peças descartáveis, Dória condena esses trabalhadores à miséria em meio à crise do Coronavírus. Estes terceirizados devem ser incorporados imediatamente ao quadro de efetivos das escolas, pois sua função é o que permite que as aulas aconteçam, e que tenham todos os direitos e remuneração de um trabalhador do estado.
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