Governo orienta caixa econômica a ajudar bancos médios, toma medidas para rolar de dívidas das empresas valendo trilhões de reais e injetam liquidez nos bancos, tudo para salvar empresários enquanto a saúde continua sob ameaça do teto de gastos deixando a vida da população em risco.
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Em tempos de pandemia do coronavírus, e com uma rede médica e hospitalar insuficiente para atender a população, a prioridade de Paulo Guedes é gastar dinheiro para salvar os empresários da bancarrota, e atender os interesses do mercado financeiro. É o que fica demonstrado nas últimas medidas econômicas tomadas pelo governo. Por exemplo, o presidente da Caixa Econômica federal autorizou a liberação de R$30 bilhões para comprar carteiras de crédito de bancos menores e R$40 bilhões para o capital de giro de construtoras e micro e pequenas empresas.
Já o Banco Central anunciou a renegociação de cerca de R$3,2 trilhões em empréstimos já concedidos, o que na prática significa rolar essas dívidas mais para a frente. Além disso, o BC dispensou instituições financeiras de responsabilidades quanto ao risco nos próximos meses, além de autoriza-los a queimar suas reservas, chamadas de “colchões de capital”. Na prática autorizou os bancos a fazer empréstimos de risco sem que eles tenham lastro, mas com a garantia de que se necessário o Banco Central irá salva-los.
Isso tudo ocorre enquanto a saúde está sob a ameaça da PEC 95/2016 que irá impor um prejuízo no orçamento do SUS de R$400 bilhões até 2036. A verdade é que enquanto a vida das pessoas está em risco nesta pandemia do coronavírus a única preocupação de Paulo Guedes é prosseguir com as reformas econômicas, que aliviam os capitalistas e descarregam o peso da crise nas costas dos trabalhadores. Enquanto o governo usa o dinheiro dos impostos para ajudar empresários, a população sofre com medidas autoritárias e a falta de estrutura médica e hospitalar, com o SUS sendo sistematicamente sucateado.
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