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SERVIDORES PUBLICOS
Guedes parasita quer demitir servidores públicos em base à avaliação de desempenho
Redação

Após o ministro da economia Paulo Guedes acusar os servidores públicos de parasitas, o ministério da economia anunciou mais um ataque a esses trabalhadores, seguindo com a agenda da reforma administrativa de Bolsonaro. O ministério iniciará em abril um projeto-piloto de avaliação de servidores públicos através da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

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Foto: PR/Isac Nóbrega

O projeto visa avaliar ocupantes dos cargos DAS 4,5 e 6 inicialmente, que serão avaliados durante 6 meses através de “metas de desempenho e competência”. Por enquanto, essa avaliação não acarretará em exoneração do cargo por baixo desempenho, apesar do Secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal Wagner Lenhart defender que esse debate seja levado a frente no Congresso Nacional. Ou seja, a intenção é utilizar as avaliações para demitir servidores públicos em massa. Ainda de acordo com o Secretário, as mudanças no processo de avaliação serão implementadas através de portarias ou decretos presidenciais, o que facilita em muito para colocar em prática os planos de Bolsonaro e sua corja de capitalistas.

O projeto prevê avaliar os servidores públicos através de metas individuais, que terão 80% de peso no resultado, sendo que a avaliação dessas metas individuais ficariam a cargo do superior imediato do servidor. Já os outros 20% são as chamadas metas de competência, as quais têm como critério o autodesenvolvimento, a produtividade, o relacionamento interpessoal, a liderança, o compromisso com resultados, a adaptabilidade e a inovação. Todas palavras bonitas que escondem uma maior arbitrariedade na avaliação dos servidores, incluindo possíveis perseguições políticas disfarçadas de “mau desempenho”. Além disso, Lenhart afirma que quanto mais baixo for o cargo, mais o fator da competência ganhará peso.

Esse ataque corresponde ao medo que Lenhart, Guedes e Bolsonaro possuem dos trabalhadores organizados em greves e piquetes. Eles tentam fragilizar ao máximo os direitos e vínculos trabalhistas para poder demitir de acordo com seus interesses, abrindo possibilidade para contratar trabalhadores por salários ainda menores e, com isso, aumentar o lucro dos empresários. A precarização do serviço público está na primeira pauta do dia da agenda de Bolsonaro; é preciso que todo o conjunto de trabalhadores e juventude se organizem para barrar esses ataques que visam descarregar a crise capitalista nas nossas costas.

 
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