Andrew chegou a ser levado para o Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, mas não resistiu e morreu no fim da tarde de domingo. Dois jovens de 20 e 23 anos que também foram agredidos ainda estão internados no hospital. Até agora os suspeitos da agressão ainda não foram localizados. Na página do bar O Velho Casarão, onde ocorreu o fato, fotos e menções a seus funcionários foram apagados durante o domingo. Apesar disso, o caso está repercutindo amplamente nas redes sociais.
Segundo relatos, o jovem já estava indo embora do local quando começou uma confusão perto ao local e os funcionários, que também atuam como seguranças, acharam que o jovem estava envolvido. Outras pessoas que estavam presentes afirmam que o jovem foi brutalmente pisoteado na cabeça e que um dos funcionários o esfaqueou.
Não é a primeira vez que casos absurdos como esse acontecem no bar. Em 2019, um jovem negro foi agredido pois segundo o bar, ele não havia pago a conta, apesar dos jovens afirmarem que já tinham dividido. Um caso escancarado de racismo com agressão física.
Sabemos que em um governo de extrema direita como o de Bolsonaro a vida da juventude fica ainda mais vulnerável. A polícia cumpre um papel brutal de repressão às atividades culturais, a bailes funks, como foi com Paraisópolis. Tira a vida desses jovens e o direito de curtir uma noite com os amigos. Esses casos não podem ser naturalizados.
Nós não podemos aceitar esse futuro para a juventude que além de ter que assumir os piores postos de trabalho, sem nenhum direito, como é com os trabalhos em aplicativos como rappi e ifood, também têm sua vida arrancada até nos momentos de lazer. Nós do Esquerda Diário queremos expressar toda nossa solidariedade para a família e amigos, e exigimos justiça para Andrew.
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