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#ALCKMIN NÃO FECHARÁ NOSSAS ESCOLAS
Unificar as lutas contra o fechamento de escolas e salas de Alckmin
Maíra Machado
Márcio Barbio

Desde que o secretário estadual da Educação de São Paulo, Herman, apresentou seu plano de fechamento de centenas de escolas e demissão de milhares de professores, começaram a acontecer vários atos em todo o estado.

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Esses atos, tendo na linha de frente os estudantes secundaristas, colocaram nas ruas a exigência de que o governo abandone essa política de destruição, ainda maior da escola pública.

Alunos se manifestaram nas ruas da zona norte, com mil estudantes numa manifestação impressionante, sul, leste e sudoeste da capital, bem como em mais de 40 munícipios do interior do estado. Em Santo André ocuparam a sede da Diretoria de Ensino contra a reestruturação. Ocuparam a Paulista, tendo inclusive sido reprimidos pela polícia, que prendeu pelo menos um aluno e um repórter na manhã de 09 de outubro.

Os estudantes tomaram as redes sociais com manifestações, nas quais colocaram para todos a denúncia do plano do governo tucano. Plano esse que, no entanto, está em plena consonância com a política do governo federal petista de promover cortes cada vez mais drásticos na Educação. Esses atos demonstraram o protagonismo dos secundaristas.

Na primeira fase dessa luta fundamental, esses atos cumpriram seu papel, ao colocar a toda sociedade, que não estamos disposto a deixar que o governo feche nossas escolas.

Agora o movimento contra o fechamento e reestruturação das escolas deve entrar em uma nova fase. Deve dar um salto e se massificar. É urgente que unifiquemos as lutas para vencer. Para isso há que fazer com que as manifestações que já estão acontecendo nas regiões e cidades sejam coordenadas, que confluam politicamente sob um único e mesmo grito de “Alckmin você não fechará nossas escolas”.

Que reúna os estudantes, professores, trabalhadores das escolas, pais, e toda comunidade para demonstrar ativamente toda nossa força e determinação na defesa da Educação. Para isso as regiões devem formar comitês de mobilização, que reúnam professores, alunos e pais, e que se coordenem entre si, por toda cidade de São Paulo, e buscando as vias de se organizar também com as manifestações do interior.

Para isso os professores também devem integrar esse movimento de uma maneira muito superior. É preciso que os professores, que também sofrerão as consequências de mais esse ataque de Alckmin, estejam na linha de frente dessa mobilização, ao lado dos estudantes. Não é o momento de ceder ao terrorismo das direções das escolas, ou ao falso discurso propagado pelo governo de que nada mudará para pior para os professores. Ou ainda de esperar passivamente a direção da Apeoesp, que se mostrou incapaz de levar adiante uma estratégia para vencer a greve do início do ano.

A Apeoesp além de não utilizar seu imenso aparato para colocá-lo a serviço do triunfo dessa luta, se restringiu a chamar um ato para o dia 20 de outubro, quase três semanas após a explosão de atos contra a reestruturação. Tampouco está fazendo um trabalho de combater a pressão das direções das escolas contra os professores, que colabora para que até o momento não tenham ainda entrado ofensivamente nas mobilizações. Isso ocorre porque sua direção majoritária, nas mãos do PT, está mais preocupada em manter-se no aparato sindical, que organizar uma luta séria em defesa da Educação, o que implicaria em combater os ataques que eles mesmos desferem em âmbito nacional pelo governo Dilma.

Por tudo isso, a hora agora é de todos os professores impulsionarem esse movimento junto com os estudantes, chamando os trabalhadores e toda comunidade, que será profundamente afetada pelas mudanças a agir. É preciso que os professores que lutaram no início do ano, constituíram diversos comandos de greve, coloquem sua experiência a serviço de barrar a restruturação, e desmascarem nas escolas o discurso que semeia a passividade.

É preciso que os professores tomem também em suas mãos essa luta, é muito importante que os alunos estejam se mobilizando, mas sozinhos, sem que nós professores entremos para valer na luta não é possível derrotar esse ataque, que é o maior em vinte anos.

Nós dos Professores Pela Base, composto por professores do MRT e independentes, atuamos junto a companheiros da Juventude as Ruas, estivemos presentes em vários desses atos, em especial os que aconteceram nas Zona Norte e Sudoeste de SP, esse último conjunto com os alunos da USP,que também enfrentam o ataque do governo do estado, Santo André, que ocupou a Diretoria de Ensino, e Campinas que paralisou várias escolas da região do Ouro Verde. Nos colocamos nessa perspectiva de unir e coordenar todas as iniciativas que espontaneamente estão surgindo, pois é por esse caminho que se poderá colocar o governo do estado na defensiva.

 
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