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PRIVATIZAÇÃO | PETROBRAS
Em meio a greve dos petroleiros, Petrobras anuncia venda de blocos da bacia Pará-Maranhão
Redação

No início desta semana, na segunda-feira (3), a Petrobras anunciou que colocou à venda o Campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, e também blocos da bacia Para-Maranhão. A venda é parte do avanço do plano de privatização neoliberal do governo Bolsonaro e da sede de entrega das riquezas nacionais do ministro Economia Paulo Guedes.

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O anúncio foi feito já em meio à greve dos petroleiros contra as 1000 demissões anunciadas pela Petrobras em Araucária no Paraná, e contra a privatização da estatal. O Campo de Papa-Terra tem controle misto, sendo 62,5% dos 17 mil barris de petróleo extraídos por dia, de controle da estatal, e o restante hoje está sobre controle da empresa americana Chevron, que segundo informações também deseja vender sua parcela de extração na região.

Os blocos na Bacia Pará-Maranhão à venda é ainda mais gritante. Serão dois blocos colocados à venda, o primeiro o BM-PAMA-3, que hoje pertence inteiramente à Petrobras, e o segundo, o BM-PAMA-8, que hoje é 80% pertencente à Petrobras, e 20% pertencente à empresa chinesa Sinopec, que tem preferência de compra das fatias da Petrobras na bacia Pará-Maranhão.

Por baixo de um demagógico discurso de vendas para “aumentar geração de valor” da estatal, Bolsonaro e Paulo Guedes escancaram para quem, na verdade, querem aumentar esses valores. Com o plano neoliberal de privatizações de Paulo Guedes, que visa vender o país inteiro, querem entregar nossas principais riquezas e polos de tecnologia nas mãos das potencias imperialistas e chinesas, entregando de mão beijada os recursos brasileiros, em nome de pagar cada vez valores mais altos para a Dívida Pública brasileira, uma verdadeira bolsa-banqueiro, paga com o suor de trabalhadoras e trabalhadores.

O cinismo da diretoria da Petrobras, que mesmo em meio à greve dos petroleiros anuncia mais privatizações, precisa ser vencido pelo forte exemplo que os grevistas estão dando ao redor de todo o país. Ao longo de 13 estados do Brasil, em mais de 50 unidades da Petrobras, os grevistas buscam mostrar que os maiores prejudicados com a privatização da Petrobras serão os trabalhadores e trabalhadoras de todo o país.

Por isso precisamos cercar essa greve de apoio e solidariedade. A luta dos petroleiros pode ser um passo importante para o enfrentamento ao projeto neoliberal de país de Bolsonaro, que quer descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e da população pobre.

A greve está forte e a luta contra as privatizações podem ser uma causa nacional. Mas, para isso, é preciso que as centrais sindicais como a CUT, que é a maior do Brasil, mude imediatamente sua orientação e comece a organizar em todo o país iniciativas e campanhas de solidariedades em cada categoria em que estão presentes. Isso, junto com o apoio de todos os partidos de esquerda como PSOL e PSTU, e por essa via a CSP-Conlutas, pode ser fundamental para que a greve triunfe.

 
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