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CHILE, BOLÍVIA E FRANÇA
Rede Internacional Esquerda Diário: Na linha de frente dos processos da luta de classes
Redação

A rede internacional Esquerda Diário impulsionada pelos grupos da Fração Trotskista – Quarta Internacional (FT-QI), vem demonstrando estar entre as principais mídias em noticiar os atuais processos da luta de classes. Neste contexto, houve uma denúncia de perseguição contra nosso camarada do Partido dos Trabalhadores Revolucionários (PTR – Chile), Dauno Tótoro, a prisão arbitrária do correspondente da Rede na Bolívia, Carlos Cornejo. Na França, as embrionárias coordenações e comandos de greves unificados, também é uma mostra importante da intervenção da FT.

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Vê-se um mundo sacudido por diferentes processos de luta de classes, que vão desde o enfrentamento a medidas antipopulares, como na França com a reforma da previdência, o questionamento de anos de herança neoliberal no Chile, ou a resistência a direita golpista na Bolívia, para exemplificar alguns dos casos. Em todos esses exemplos, a rede internacional Esquerda Diário, e os grupos da FT-QI, que os impulsionam, tem desempenhado um papel de destaque.

Na tarde da última terça-feira (17), foi liberado nosso companheiro Carlos Cornejo, correspondente do Esquerda Diário na Bolívia para Argentina e o Brasil, e Leonel Jurado, artista plástico, presos na segunda-feira (16) em El Alto. Carlos e Leonel foram acusados de praticar do delito de subversão e desordem por pintarem cartazes em solidariedade às vítimas do massacre de Senkata.

Desde a prisão absolutamente arbitrária por parte da polícia, na segunda-feira, tentam-se encontrar, sem sucesso, provas para justificar a suposta atividade subversiva. O que está por trás de tal acusação infundada, era a intenção de punir mediante perseguição política e encarceramento àqueles que vem apoiando a população de Senkata. Dias antes, Cornejo em conjunto com ativistas da Cidade de Del Alto, com o apoio de organizações como a Liga Operária Revolucionária (LOR-QI) da Bolívia, também membro da FT-QI, haviam realizado uma exitosa quermesse em Senkata, com o intuito de campanha financeira e de arrecadação de mantimentos, para os familiares das vítimas do massacre, que ocorreu na Cidade de El Alto, quando resistiam a tentativa de consolidação do golpe de Estado por parte da direita, com a passividade dos parlamentares do MAS. Semanas antes, haviam participado, denunciando esta situação, na massiva manifestação em Senkata, um dia antes de marcharem com os caixões dos assassinados até a Cidade de La Paz. Tais atividades estavam ligadas, durante este mês, com a finalidade de fortalecer os laços com este setor (os trabalhadores de Senkata) que se demonstrou estratégico, por sua capacidade de desabastecer a capital do país, na luta contra o golpismo boliviano.

Eis o porquê de a justiça golpista querer encarcerar Carlos Cornejo e outros jovens que se solidarizam com o povo de Senkata, pois, agora com mais forças que antes, organizaram um novo ato para esta quinta (19), dia que faz um mês do massacre. A detenção de Carlos e Leonel faz parte de uma política sistemática por parte do Governo golpista de perseguir e criminalizar opositores e àqueles que lutam mais ferozmente contra o golpe, como os trabalhadores de Senkata.

O caso foi tão escandaloso que organismos de direitos humanos da Bolívia e Argentina, assim como o presidente deposto Evo Morales, haviam reclamado sua liberdade, que terminou se tornando efetiva na tarde da última terça-feira (17). A enorme solidariedade e a frente única em defesa dos companheiros, contra a prepotência golpista, organizado em poucas horas, e que incluiu os familiares das vítimas de Senkata, foi determinante para alcançar sua liberação e é um reconhecimento do papel que vem cumprindo na situação do país.

Da mesma maneira o Esquerda Diário cumpriu um importante papel ao romper o cerco informativo da mídia burguesa em relação ao golpe, mostrando a resistência da população com transmissões que chegaram a superar a casa dos milhões de visualizações.

Por sua vez no Chile, a mais de 50 dias em mobilizações, La Izquierda Diário Chile, converteu-se eu uma referência para aqueles setores em luta e que seguem se mobilizando contra as políticas neoliberais, e pela queda do governo de Piñera, chegando as 4 milhões de visitas em menos de dois meses.

Nossos companheiros e companheiras do Partido de Trabajadores Revolucionário (PTR), vem intervindo ativamente desde Santiago, Antofagasta, Valparaiso, Arica, Temuco, Puerto Montt, Rancagua e outras das principais cidades do país. No caso de Antofagasta são parte do Comitê de Emergência e Resguardo que organizam trabalhadores, estudantes e populações da região, onde se discutem de forma democrática como organizar a luta. Vieram enfrentando a repressão e realizado uma agitação política por meio das páginas do La Izquierda Diário de Chile. Lutando por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana sobre as ruinas do regime e exigindo a renúncia do Presidente Piñera.

Por estas questões, Dauno Tótoro, dirigente do PTR e candidato por Santiago (Capital do Chile) nas últimas eleições municipais de 2017, está sendo acusado pelo Governo, a partir da lei de Segurança de Estado, por “incitação à subversão”. Piñera busca simbolizar na perseguição política de Dauno Tótoro a perseguição a milhares de jovens e trabalhadores que lutam por essa mesma perspectiva, que sofrem a feroz repressão e também são réus perante o Estado.

Tal como acontece com os companheiros da Bolívia, a solidariedade com Dauno Tótoro tampouco tardou a chegar, em poucas horas da emissão da acusação, dezenas de intelectuais, artistas, deputados e personalidades se pronunciaram a favor de Dauno, contra as acusações do Governo. Uma campanha que se estendeu e se popularizou nos dias que se seguiram, entre jovens e trabalhadores que, igual a Dauno, gritaram nos últimos meses “Abaixo Piñera”.

Entretanto, na França já se completaram duas semanas de uma greve geral dos trabalhadores ferroviários (SNCF), do metro e dos ônibus (RATP), somando-se com os trabalhadores da educação e estudantes, e três manifestações massivas com mais 1,5 milhões de pessoas nas ruas do país.

O diário Revolução Permanente, membro da Rede Internacional do Esquerda Diário, que já em 2018 havia se convertido em um ponto de referência entorno do movimento dos “Coletes Amarelos”, voltou a cumprir um papel importante no movimento atual.

O mesmo, é parte de uma ativa intervenção no processo de greve, de mobilizações e organizações que atravessam a França. A luta contra a reforma das pensões do governo de Emmanuel Macron tem seu centro de gravidade na região parisiense.

Tem surgido um começo de coordenação entre os setores em luta, para superar as barreiras impostas pelas burocracias sindicais. Nossos companheiros e companheiras da Corrente Comunista Revolucionária (CCR), tendência revolucionária do Novo Partido Anticapitalista (NPA), que impulsiona o diário Revolução Permanente, estão na linha de frente da organização e da luta para colocar de pé as coordenadorias Inter setoriais. Tais coordenadorias, como a que incipientemente vem se desenvolvendo em Paris, com trabalhadores ferroviários, do metro, dos ônibus, docentes, estudantes e os “Coletes Amarelos”, discute democraticamente como organizar a luta, a greve e a resistência frente a reforma de Macron.

A partir do Revolução Permanente, mantemos uma cobertura ao vivo e direta com correspondentes em Paris, Burdeos, Toulouse e outras cidades da França, assim como também, as notícias diárias e análises sobre estes processos de luta para a Rede Internacional do Esquerda Diário.

Nestes combates da classe trabalhadora francesa, Anasse Kazib, dirigente ferroviário e membro da CCR, organização membro da FT-QI, na França, vem sendo uma das principais vozes da greve, que recentemente polemizou com o ministro dos transportes em um programa popular de televisão, desmascarando a hipocrisia do governo.

Nosso projeto é uma Rede Internacional de diários onde se possam expressar os processos mais vivos da luta de classes, assim como a luta política por uma perspectiva revolucionária, debatendo com as correntes políticas e da esquerda, que também fazem parte desses processos. E parte de nossa luta internacionalista, junto a batalha pela construção de partidos revolucionários em cada país. A rede conta atualmente com 12 edições nacionais e escrita em 8 idiomas (espanhol, catalão, português, alemão, inglês, francês, italiano e uma secção em turco).

Uma organização revolucionária internacional, somente por surgir ao calor da intervenção nos próprios combates que este novo ciclo de luta de classes começa a pôr na ordem do dia. Isto busca fazer a FT-QI – organização internacional a qual também pertence o Movimento Revolucionário de Trabalhadores no Brasil, a partir dos 14 países onde intervimos, assim como desde a Rede Internacional do Esquerda Diário.

 
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