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GOVERNO BOLSONARO
Bolsonaro joga conta da crise para mais pobres e inflação afeta mais famílias de baixa renda
Redação

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a inflação nos alimentos foi sentida muito mais pelos mais pobres, evidenciando a política neoliberal, anti pobre e anti trabalhador do governo Bolsonaro.

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A inflação das carnes pesou mais sobre os mais pobres em novembro e, só não foi pior, porque a alta de preços foi compensada pelo barateamento de outros itens da alimentação, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo instituto, mostra que as famílias com renda mais baixa tiveram inflação de 0,54% em novembro. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,43% para as famílias de renda mais elevada.

A alta da carne é fruto da política do governo Bolsonaro, que avança com ataques para precarizar ainda mais a vida população e dos trabalhadores, com reformas e reajustes, possibilitando ainda mais lucros aos grandes latifundiários.

Veja mais: Sem final de semana e com a carne nas alturas: o neoliberalismo intragável de Bolsonaro e Paulo Guedes

Segundo a nota do Ipea, "o preços dos alimentos e de moradia ditaram o tom da inflação mais elevadas para os mais pobres. "A alta de 8,1% das carnes em novembro contribuiu com 0,28 ponto porcentual (p.p.) para a inflação das classes mais baixas, anulando, inclusive, o alívio inflacionário vindo da queda de 12,2% nos preços dos tubérculos."

"Adicionalmente, o reajuste de 2,2% das tarifas de energia elétrica - repercutindo a mudança da bandeira tarifária de verde para amarela - gerou uma contribuição de 0,12 p.p. para a inflação desse segmento", diz um trecho da nota divulgada pelo Ipea.

Nas contas dos pesquisadores do instituto, apenas os aumentos das carnes e da conta de luz explicam "mais de 70%" de toda a alta inflacionária observada nas famílias de menor renda - na classificação do indicador do Ipea, a faixa mais baixa tem renda familiar de até R$ 1.638,70 por mês.

Já na faixa de renda mais elevada (renda mensal familiar acima de R$ 16.391,58), a inflação foi puxada pelos preços dos combustíveis (alta de 0,78% em novembro), das passagens aéreas (alta de 4,4%) e nos jogos lotéricos (avanço de 24,4%). "No caso das famílias mais ricas, embora o reajuste das carnes e da energia também tenha pressionado suas taxas de inflação, o menor peso desses itens em sua cesta de consumo acaba por aliviar seus impactos altistas", diz a nota divulgada pelo Ipea.

Veja mais: O que está por trás da estabilidade da rejeição a Bolsonaro no Datafolha?

Não é a toa que, segundo pesquisa divulgada pelo DataFolha, a maior rejeição do governo Bolsonaro está entre os mais jovens, mulheres e negros, justamente o setor que mais sente o impacto desta política neoliberal e privatista. Com a aprovação da reforma da previdência, ataques aos direitos trabalhistas e reajustes na alimentação, Bolsonaro avança para garantir o lucro dos empresários e que a conta da crise capitalista seja paga.

Este rechaço às medidas deste governo, sentidas na pele e no prato dos brasileiros, deve ser colocada nas ruas, inspirando-se nos mais avançados exemplos internacionais, como a mobilização permanente no Chile, ou a histórica greve geral na França, para exigir das centrais sindicais e entidades estudantis um plano de luta que impulsione a autoorganização dos trabalhadores para barrar por completo os ataques econômicos do governo Bolsonaro junto a suas versões locais.

Com informações de Agência Estado

 
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