A enorme greve geral que ocorre na França parece destinada a continuar e desenvolver-se. Está quinta, em Toulouse - cidade localizada a 700 quilômetros ao sul de Paris - professores votaram continuar a luta até terça feira, dia 10/12. Segundo informe do sindicato Snuipp, um terço das escolas fecharam na cidade e foram registradas porcentagens altas de adesão à greve em escolas emblemáticas.
Na mesma cidade, um dirigente da CGT local declarou ao jornal Le Fígaro que "sopra Um ar de 1995 quando se vê o nível de mobilização e a vontade de continuar o movimento nos próximos dias".
Em Paris, e na França como um todo, os ferroviários também decidiram dar continuidade à medida de força. Como foi confirmado por diversos meios de comunicação, a categoria deve seguir em luta ao longo da jornada desta sexta feira, 06/12.
Segundo informou a SNCF (empresa ferroviária francesa) isto deve afetar severamente o serviço de transporte ferroviário a nível nacional. Está quinta, segundo informações de organizações de trabalhadores, a paralisação alcançou 66% do setor. Além disso, em alguns setores, ela chega a 90%.
Na estação Paris Norte, os trabalhadores defenderam, ainda, a confirmação de um comitê de greve, formado por 17 membros. Nele, há trabalhadores agrupados em distintas organizações sindicais (CGT, FO, Unsa e Sud Raul) e, ainda, outros não sindicalizados. O objetivo é coordenar a mobilização.
A isto se somaram os trabalhadores do RATP (sistema de transporte urbano na área metropolitana de Paris). Em assembléias gerais, os grevistas votaram pela continuidade da paralisação até segunda-feira.
Como um todo, a paralisação de atividades implica uma medida enorme de protesto, que não era vista há décadas na história francesa. Uma medida que continuará se desenvolvendo nos próximos dias.
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