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TROIKA CHANTAGEIA À GRÉCIA
Por uma campanha internacional pela anulação da dívida grega
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A “Troika”, conformada pelo FMI, a UE, e o Banco Central Europeu, aprofunda a chantagem sobre o governo grego para que aceite continuar com o ajuste e utilize os recursos para o pagamento da dívida pública. A solidariedade com os trabalhadores e o povo grego é mais necessária do que nunca.

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A questão da dívida grega se acirra ainda mais depois da última reunião com o Eurogrupo neste 16/2, em que não se chegou a nenhum acordo. A União Européia quer obrigar o povo grego a aceitar novos pactos de submissão. A Troika (composta pela Comissão Europeia, o FMI e o BCE) aproveita a catástrofe econômica na Grécia (perdeu 25% do PIB em cinco anos), a fuga de capitais e a retirada dos depósitos bancários e a abrupta decisão do Banco Central Europeu de não aceitar os títulos gregos como garantia por financiamento, para aprofundar a chantagem e obrigar o povo grego a arcar com mais demissões, privatizações e miséria em benefício dos capitalistas europeus donos da dívida. Busca isolar a Grécia para negar qualquer escapatória por fora de novas reformas.

Dezenas de milhares de gregos encheram novamente a praça Syntagma e as ruas de várias cidades da Grécia contra esta nova chantagem da Troika, numa demonstração de repúdio à continuidade de qualquer tipo de ajuste. A política do novo governo do Syriza, entretanto, não deu até agora nenhuma mostra de que busca terminar com o pagamento da dívida, mas sim negociar melhores termos para seguir pagando.

Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP, colocou que “o povo grego continua lutando bravamente contra as chantagens e ameaças da Troika, que quer aprofundar as reformas estruturais na economia e nos direitos trabalhistas que afogaram os trabalhadores e jovens na Grécia desde 2010. Mostrou que um ‘acordo favorável a todos’ é impossível, pois a Troika e a União Européia buscam pressionar o governo grego, com a conivência dos capitalistas da Grécia, a aceitar a continuidade das reformas odiadas pelo povo”.

Tatiane Lima, coordenadora do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp, acrescentou que “a única maneira de frear a ambição da Alemanha e da União Européia de impor mais demissões, mais cortes no orçamento, novas reformas trabalhistas e privatizações contra os trabalhadores gregos, é lutar pela anulação imediata da dívida da Grécia. Esta luta contra a austeridade não corresponde apenas ao povo grego. Deve contar com a solidariedade internacional ativa dos trabalhadores europeus e do restante do mundo, como as grandes manifestações em Berlim e em Paris, dos quais nós da Fração Trotskista fomos parte. Devemos exigir principalmente das organizações sindicais da França e da Alemanha que rompam com seus governos e chamem à mobilização nos diversos países em defesa dos trabalhadores e jovens da Grécia”.

Como parte da CSP-Conlutas, Diana colocou que “estamos a postos no Brasil para impulsionar este apoio, junto às organizações de esquerda, de direitos humanos, e as centrais sindicais antigovernistas, como a CSP-Conlutas e a Intersindical. Fazemos um chamado principalmente à LIT-QI, da qual faz parte o PSTU no Brasil, que também levanta como consigna o cancelamento da dívida grega, soltando um chamado público a favor da campanha. Acreditamos possível mobilizar os sindicatos da CSP-Conlutas para encampar ativamente esta campanha internacional de solidariedade pela suspensão da dívida”.

Mas estendemos este chamado a toda a militância e correntes do PSOL, como o MES que, apesar de ter posições diferentes das nossas em relação ao governo do Syriza (que debatemos em outros artigos), pode se pronunciar claramente sobre o tema da dívida e ser parte da campanha pelo não pagamento. Acreditamos que é possível confluir numa frente única ativa em solidariedade aos trabalhadores e jovens que na Grécia vão às ruas contra qualquer tipo de ajuste, com um chamado contundente pela anulação da dívida.”

Tatiane concluiu dizendo que “podemos desde já articular um ato unitário da esquerda em defesa desta política. Junto ao apoio à greve dos professores do Paraná, planificarmos ações coordenadas que sejam uma forte mensagem dos trabalhadores brasileiros: todo apoio à luta do povo grego contra a Troika e pelo cancelamento imediato da dívida!

 
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